O New York Times resistiu, manchetando online que o relatório Robert Mueller “detalhou os esforços de Trump para impedir a investigação” mas também seus “múltiplos contatos com russos”.
Isso, embora “o relatório não tenha levantado que Trump ou seus assessores conspiraram com russos”, acrescentou o jornal, em letras menores.
Na manchete do Wall Street Journal, “Mueller acha intromissão mas não conspiração, e deixa em aberto a questão da obstrução”.
O Washington Post destacou desde logo as “provas de obstrução contra Trump” e, logo abaixo, “Mueller rejeita ideia de que Trump está protegido das leis de obstrução”.
É o que deve importar a partir de agora, na reação da maioria democrata na Câmara, para levantar se o presidente americano, afinal, “desrespeitou a lei”.
Olhando para trás, linkado pelo Drudge Report, Glenn Greenwald, do Intercept, escreveu que Mueller “não rejeitou simplesmente as teorias de conspiração Trump/Rússia. Ele as obliterou”. Lembrou casos de NYT, Guardian, BuzzFeed e CNN.
VIVA A DOUTRINA MONROE
No relato do WP, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, ao anunciar mais sanções contra Venezuela, Cuba e Nicarágua, afirmou que “a hora do crepúsculo do socialismo chegou ao nosso hemisfério”. Mais até:
“Hoje, nós orgulhosamente proclamamos para todos ouvirem: a Doutrina Monroe está viva.”
Na explicação de outro repórter do jornal, por toda a América Latina a expressão “é a abreviação imperial para: A América Latina é Nossa”.
MELHOR JAIR REVISANDO
A Reuters despachou o recuo no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ressaltando ser “a maior queda em nove meses”. A Bloomberg noticiou, na sequência, que os bancos JP Morgan, americano, e Barclays, inglês, “cortaram a previsão de crescimento para o Brasil”.
E o perfil Drunkeynesian avisou no Twitter que está “pintando PIB em queda no primeiro trimestre” e acrescentou: “Melhor jair revisando essa estratégia de contar com a popularidade do presidente para empurrar a agenda de reformas”.
NÃO ESTÁ FUNCIONANDO
No dia seguinte, no enunciado do WSJ, “Parlamentares atrasam reforma da aposentadoria em golpe para Bolsonaro”. O jornal financeiro foi ouvir um cientista político da UnB, Paulo Carlos Calmon, que explicou: “A estratégia [de evitar alianças] é de risco e não está funcionando”.
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