Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Desemprego desaba nos EUA e vira bandeira eleitoral de Trump

'América agora é a número 1 e o melhor ainda está por vir', escreve ele

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O presidente americano encontrou a sua nova bandeira para a eleição do ano que vem, agora que o favorito entre os democratas é Joe Biden, de política econômica liberal, e não um socialista.

Fechando domingo, retuitou a presidente do Partido Republicano, Ronna McDaniel, sobre o desemprego no menor nível desde 1969, mais o aviso: “Não deixe que os democratas parem com este avanço!”.

Na manchete impressa do Wall Street Journal no fim de semana, “Desemprego atinge a menor taxa em 50 anos”, o que, destaca, “aponta para crescimento sólido”. O WSJ credita o crescimento sob Trump em parte aos “investimentos governamentais” que os democratas ameaçam cortar no Congresso.

New York Times e Washington Post, cada vez mais em oposição a Trump, analisaram os números com os enunciados, respectivamente, “Emprego em expansão e inflação baixa: Isso não era para acontecer” e “Bom demais para ser verdade”.

‘A INVEJA DO MUNDO’

Trump festejou o desemprego baixo nos EUA com manchetes do agregador de Matt Drudge, referência da direita americana; comentou que ‘a América agora é número 1” e ‘o melhor ainda está por vir’

NO BRASIL, COLAPSO

No título da Bloomberg, “Economia brasileira é vista como encolhendo, após colapso da indústria”. Itaú e Bradesco passaram a prever contração no primeiro trimestre.

Entre outros problemas, “a confiança do setor privado baqueou desde que Bolsonaro assumiu”, “as exportações para a Argentina caíram” e, como sublinhou o banco chinês Haitong, “o desemprego teimoso de dois dígitos manteve o consumo interno baixo, atingindo a produção”.

MÁS NOTÍCIAS, DO BRASIL PARA A ARGENTINA

O financeiro argentino El Cronista destacou que o “Brasil continuará dando más notícias à economia da Argentina” diante do “início desalentador de 2019”.

Listou o consumo fraco no vizinho, devido à “queda em termos reais no salário dos trabalhadores”, e o “desempenho muito pobre do mercado de trabalho”, acrescentando que “85% dos empregos criados em 2018 foram no setor informal, que geralmente são de menor rendimento”.

ARMADILHA NA VENEZUELA

O WSJ, em longa reportagem de seis correspondentes sobre como “o plano desmoronou” na Venezuela, detalhou o que o NYT já havia levantado antes em editorial. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, teria preparado uma “armadilha, usando as negociações para revelar traidores”.

‘DEAR FRIEND JOHN BOLTON’

O WP ouviu de Juan Guaidó que a “Oposição venezuelana está aberta à ajuda militar dos EUA”, enunciado na primeira página de domingo. O jornal perguntou o que ele faria se o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, ligasse oferecendo intervenção militar dos EUA. Guaidó afirmou que responderia:

“Caro amigo, obrigado por toda a ajuda que você deu à justa causa aqui. Obrigado pela opção. Vamos avaliá-la e provavelmente levá-la em consideração no parlamento para resolver a crise. Se necessário, vamos talvez aprová-la.”

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