Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Guerra comercial acumula uma semana de ameaças

China, maior credor da dívida pública americana, agora fala em 'despejar títulos do Tesouro dos EUA'

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A guerra comercial EUA-China prossegue nas manchetes do New York Times ao South China Morning Post, com enunciados diversos, incluindo novas ameaças de escalada por Donald Trump, mas também pelos chineses.

Em editorial de capa, o Diário do Povo, do PC, escreveu: “Os EUA não podem controlar a China, e é ainda menos provável que possam impedir o desenvolvimento da China”. E Hu Xijin, editor-chefe do tabloide Global Times/Huanqiu, também do PC, publicou em mídia social que, além de comprar menos produtos agrícolas e aviões da Boeing, o país “discute como despejar títulos do Tesouro americano”.

Ecoou de imediato nos EUA, com a CNBC criticando o que descreve como “opção nuclear autodestrutiva” da China.

DISPUTA PELA RÚSSIA

Paralelamente, o secretário de Estado americano foi à Rússia posar com o presidente Vladimir Putin, para manchetes sobre conciliação nos jornais moscovitas, como o Kommersant. E a Foreign Affairs, ligada ao establishment de política externa dos EUA, saiu em defesa de mais ações do governo para conter a acelerada aproximação entre Rússia e China. Defende “alimentar as tensões entre os dois”.

Mas nas manchetes do Global Times, também na terça, “Acordo nuclear entre China e Rússia”, de US$ 1,7 bilhão, vai desenvolver usinas chineses “usando tecnologia russa”.

VENDENDO BRASIL

O Financial Times publicou seu primeiro caderno voltado ao país de Jair Bolsonaro, com seis páginas de anúncios de empresas e instituições brasileiras (acima, capa e contrapaca). Concentra-se na suposta “nova rota comercial” EUA-Brasil, perguntando se o fato de Bolsonaro “ser fã do colega americano” pode ajudar.

Reconhece que “investidores começam a perder a fé”, mas diz que a “estrutura de infraestrutura está pronta para investimento”.

FMI VS. CRISTINA

Também no FT, “Reputação do FMI em risco na Argentina”. Menos de um mês após a terceira revisão do maior resgate financeiro da história do Fundo, de US$ 56 bilhões, “em meio a perspectivas sombrias para Mauricio Macri, a crise cambial reacendeu, ameaçando não só o programa do FMI, mas sua reputação”. Resumindo, “uma vitória de Cristina Kirchner seria devastadora para o FMI, dado o seu forte apoio a Macri”.

OS ALVOS E OS CLIENTES

A revelação do FT sobre o spyware israelense no WhatsApp, com a ilustração acima, destacou como alvos "ativistas de direitos humanos" no Oriente Médio, caso de um "dissidente saudita". O código malicioso é vendido para "agências de inteligência" da região e ocidentais.

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