Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Guerra continua, mas Mourão e teles defendem Huawei

Seria um inferno, diz Claro, descrevendo como 'inimaginável para um país pobre' desativar investimento já feito pela gigante chinesa

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O vice-presidente Hamilton Mourão dá entrevista à TV chinesa
O vice-presidente Hamilton Mourão dá entrevista à TV chinesa - Luiza Duarte/Folhapress

Em Pequim, o vice Hamilton Mourão, falando ao canal estatal de notícias CGTN, declarou que o Brasil vê com “muitos bons olhos” a Huawei.

E em Brasília o site Tele.Síntese e outros noticiaram que “Claro e Oi querem Brasil fora da guerra” ou “afirmam que Brasil não deve aderir à guerra dos EUA contra a Huawei”.

“Seria um inferno”, falou o presidente da Claro, citando gastos já feitos pela Huawei em infraestrutura. “Acho inimaginável para um país pobre como o nosso, onde se fez investimento com tanta dificuldade, que se pense em substituição de rede de um fabricante de ponta no mundo.”

Enquanto isso, em Pequim, o Global Times/Huanqiu publicou artigo da Academia Chinesa de Ciências defendendo transformar os “recursos de terra-rara”, minerais com produção mundial dominada pela China, usados em equipamentos de alta tecnologia, “em vantagem estratégica”.

Já em Washington, na submanchete do Washington Post, o líder republicano na Câmara barrou a ampliação das ações protecionistas contra outros setores da China, contendo a escalada dos EUA.

AMAZON VENCE AMAZÔNIA

No Financial Times, “Amazon vence disputa com governos latino-americanos por nome de domínio”, no caso, .amazon. A decisão foi anunciada pela Icann, sigla em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, organização até hoje ligada ao governo americano.

O Itamaraty de Ernesto Araújo, em rara crítica aos EUA, “lamentou” ao FT. Afirmou ser “preocupante que uma decisão por aquela entidade não considere o interesse público de oito governos, em particular a necessidade de defender a herança natural, cultural e simbólica dos países e povos da Amazônia”.

AOC EM DISPUTA

Na crescente competição de políticos brasileiros por alguma associação com a socialista americana Alexandria Ocasio-Cortez, o deputado Alessandro Molon foi até o gabinete da congressista, em Washington, posou e tuitou uma foto com ela.

Foi premiado com um compartilhamento por AOC, saudando a “coalizão progressista do Brasil” e lembrando que o país é crítico para a segurança do clima no mundo, devido à Amazônia.

DISTOPIA BRASIL

Em meio ao amontoado de críticas positivas da cobertura mundial de Cannes, o filme "Bacurau", com Sonia Braga, sobre um Brasil "distópico", foi parar na Economist (acima), sublinhando que "mira a liderança brasileira", vale dizer, Jair Bolsonaro.

A Variety destacou que, "Apesar de uma impressionante presença em Cannes, a indústria cinematográfica do Brasil vê seu financiamento público em dúvida", com o novo governo.

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