Na manchete digital do Financial Times, “PIB do Brasil encolhe e alimenta temor de recessão”. Logo abaixo, descreve como “um golpe para Bolsonaro”.
O jornal financeiro ressalta no início do texto os 13 milhões de desempregado e os “55 milhões, um quarto da população, que agora vivem abaixo da linha da pobreza, contra 52 milhões” dois anos antes.
Ouve analistas de XP e outros que veem “risco de recessão”, mas também Vanderley Moretto, “desempregado desde novembro”, que afirma:
“Nós só estamos vendo cortes na educação e na saúde. As empresas precisam de funcionários, mas não contratam para reduzir os custos. É uma situação em que a desigualdade social só faz aumentar.”
A exemplo do FT, o Wall Street Journal sublinha a queda na confiança do setor privado, “insatisfeito com o ritmo do governo em fazer outras mudanças”, além da própria Previdência: “Investidores e empresas começam a pensar que 2019 será ano perdido”.
Na mesma direção, o financeiro francês Les Échos destaca a reportagem “Brasil perde sua aura aos olhos dos investidores estrangeiros”, dizendo que “diversas multinacionais decidiram deixar o país”.
E a Bloomberg, antes mesmo de se confirmar o PIB, despachou o texto “Desiludidos e desapontados, economistas repensam o futuro do Brasil”, ouvindo o Bank of America Merrill Lynch, entre outros.
DE VOLTA À VALE
WSJ e FT creditaram a contração, em parte, ao rompimento da barragem de Brumadinho.
O primeiro passou a destacar, com foto no alto da home e do aplicativo, a reportagem “‘Ele foi ignorado’: Trabalhadores da Vale previram colapso trágico”. A “investigação do WSJ” abre imagens e texto com Olavo Coelho, que “alertou chefes a evacuar a barragem” e morreu quando ela se rompeu.
MOURÃO & XI
Veículos como Huanqiu e South China Morning Post (SCMP) mal registraram a presença do vice Hamilton Mourão no país. A agência Xinhua despachou texto curto e foto dele com Xi Jinping se cumprimentando formalmente, sem sorriso.
Mas o FT, inclusive em sua versão em chinês, fez um balanço positivo, com a avaliação de que “a visita simboliza o fim de um período de incerteza sem precedentes na relação bilateral”.
GUERRA COMERCIAL AO VIVO
Após trombadas via Twitter, as apresentadoras Trish Regan, da americana Fox Business, pró-Trump, e Liu Xin, do canal estatal chinês CGTN, dialogaram na primeira emissora, ao vivo.
Para o SCMP, diante da expectativa, foi "bastante sem graça". Já usuários da rede social chinesa Weibo criticaram Regan por não deixar Liu falar.
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