Segundo a agência Associated Press, citando assessores, o presidente americano está com raiva da Fox News pela falta de apoio num momento em que veículos como CNN enfatizam as suas relações com Jeffrey Epstein, o bilionário preso em Nova York por abusar de menores de idade.
A manchete do New York Times durante a terça foi “Secretário do Trabalho enfrenta pedido de renúncia por acordo judicial com Epstein”. O secretário de Trump era promotor na Flórida em 2008, em caso semelhante que resultou em pena branda para o bilionário.
Mas o caso, de fato, não se limita a Trump e seu secretário. Epstein era amigo também do ex-presidente Bill Clinton. E, sob o comando do democrata Cyrus Vance Jr., a promotoria de Nova York solicitou até a redução de sua classificação como “agressor sexual” para o menor nível.
Em jornais diversos, colunistas mulheres foram as primeiras a lembrar que não se trata de Trump, mas de Epstein como “O símbolo maior da podridão plutocrática”, no título de Michelle Goldberg, que acaba de receber o Pulitzer por reportagens sobre assédio sexual.
Goldberg exemplificou descrevendo como, 15 anos atrás, um perfil de Epstein pela repórter Vicky Ward, já relatando abuso de menor, foi censurado pelo editor histórico da Vanity Fair, Graydon Carter.
O QUE MUDOU?
Ao longo da terça-feira, jornalistas americanos nomearam e compartilharam listas de repórteres cujo trabalho, de Miami Herald a Washington Post, derrubou Epstein e outros plutocratas. O tuíte que iniciou o movimento:
“Epstein abusou de meninas durante anos. Harvey Weinstein também. Muita gente sabia. O que mudou? Mulheres repórteres.”
‘UMA PRISÃO DOURADA’
No Washington Post, extensa reportagem do novo correspondente no Brasil, Terrence McCoy, mostra a "corrida armamentista de alta tecnologia" nas empresas de segurança (acima) que servem aos "paulistas de elite".
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.