Agências despacham alertas de que “a maior economia da América Latina está escorregando para a recessão”. No enunciado da Bloomberg, “Queda na indústria é vista como evidência de recessão”.
Para economista da Capital Economics, “há boa chance de que o PIB tenha se contraído pelo segundo trimestre consecutivo”, recessão técnica.
A Reuters, no perfil “Após seis meses, auréola do guru Paulo Guedes escorrega”, afirma: “Com a economia possivelmente em recessão, ninguém acredita” que vá acelerar neste ano, como ele havia prometido, se aprovada a Previdência.
Reforma que, no noticiário da agência, passou às mãos de Rodrigo Maia, da Câmara. Quanto a Guedes, encerra o texto, “sua partida pode não ser o cenário de pesadelo dos investidores que já foi um dia”.
MANCHA
Antes mesmo de Jair Bolsonaro levantar a taça para as câmeras, o noticiário externo já questionava “Como o presidente brasileiro abusou da Copa América” em “Autopromoção” e “Show de propaganda”, enunciados do alemão Die Welt.
O argentino Infobae e a Bloomberg se voltaram ao uniforme da CBF, sob os títulos, respectivamente, “A camiseta que divide um povo” e “Política começa a manchar a famosa camiseta verde e amarela”. Descrevem como está “mais e mais associada à direita” e “já não une mais”.
Antes e depois da final, veículos chineses, americanos, argentinos e até peruanos destacaram as acusações de Messi e outros, de que a Copa América foi "armada" para o Brasil de Bolsonaro vencer.
OUTRO PAÍS
De Le Monde a Washington Post, os obituários de João Gilberto amontoaram qualificativos como “gênio”, “sutil e sensual”.
O New York Times o descreve como “arquiteto da Bossa Nova”, que transformou em “símbolo de um Brasil jovem e confiante”.
COMO DRESDEN OU TÓQUIO
Com a chamada "Preocupações se acumulam sobre o custo humano das sanções americanas à Venezuela" (acima), o novo editor de América Latina do Financial Times, Michael Stott, ex-Nikkei, destaca como “as sanções dos EUA estão exacerbando o sofrimento da população”.
Baseia-se em estudo da corretora nova-iorquina Torino Capital, dizendo que elas derrubaram 800 mil barris por dia na produção de petróleo, “US$ 17 bilhões ao ano”, e devem trazer “fome”.
Entrevistado, Thomas Shannon, ex-número 2 do Departamento de Estado e ex-embaixador dos EUA no Brasil, compara as sanções ao “bombardeio de Dresden ou Tóquio” e avisa:
“A consequência disso para a América do Sul vai se aproximar da migração síria para a Europa.”
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