New York Times, Washington Post e CNN, veículos que Donald Trump antagoniza, trataram “os primeiros passos” de um presidente americano em território norte-coreano como “quase pandemônio”, “cena caótica”, “briga generalizada”.
Disseram que a secretária de imprensa de Trump teria entrado em “luta” (acima, vídeo no WP) com as “forças de segurança da Coreia do Norte” e saído “machucada”. A CNN registrou porém que “mais tarde ela foi vista sem sinal de estar amarrotada, acompanhando o presidente”.
Os três também descreveram o encontro como “histórico”, a exemplo do Wall Street Journal, que não viu briga. Relatou o empurra-empurra para obter imagens como corriqueiro, sublinhando a disputa de americanos e norte-coreanos:
“[Trump e Kim Jong-un] foram tão longe que os jornalistas norte-coreanos de foto e vídeo se acotovelaram por posições. [Depois,] fotógrafos norte-coreanos também cruzaram e ficaram na frente de jornalistas tentando obter imagens do lado sul-coreano. ‘Por favor, por favor, caras, por favor’, berrou um. Outro gritou: ‘Ei, ei, ei!’.”
No final, Trump agradeceu Kim por comparecer, do contrário “a imprensa me faria parecer muito mal”, e acrescentou: “Com certeza, este foi um grande dia. Este foi um dia verdadeiramente lendário, verdadeiramente histórico”.
HUAWEI POR SOJA
Antes da Coreia do Norte, as manchetes se voltaram à “trégua” de Trump e Xi Jinping no G20. O WSJ ressaltou a liberação de “equipamento de alta tecnologia” americano à Huawei e “as compras de produtos agrícolas dos EUA pela China”. Os fazendeiros americanos “receberam bem”.
O Financial Times anotou que a China fez “a maior compra de soja desde março” na semana anterior à formalização da trégua.
EM PEQUIM, CAUTELA
South China Morning Post (SCMP) e Global Times/Huanqiu também destacaram a Huawei, mas enfatizando que “a reação em Pequim é de cautela”, "persistem obstáculos" e os "falcões antichineses dos EUA ainda podem levar a melhor".
BOLSONARO E AS MALAS
O SCMP chamou na home que, “Após ficar esperando por Xi, brasileiro cancela”. A Bloomberg, citando que a desculpa foi “arrumar malas”, disse que atrasos são comuns no G20, mas “cancelar é raro”. E que “Bolsonaro vai à China” em três meses.
BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?
Quase ignorado nos EUA e China, o acordo com a União Europeia foi manchete no francês Le Monde (acima), sem foto e com enunciado crítico, “UE e Mercosul assinam acordo controverso”.
O alemão Süddeutsche Zeitung disse que traz “benefícios econômicos questionáveis” e perguntou a seus leitores se é “bênção ou maldição”.
‘PROGRESSO’
Na capa do WP de domingo (acima), "O preço do 'progresso' na Amazônia". A extensa reportagem questiona Bolsonaro por propor "desenvolvimento da região, que cientistas alertam estar à beira de uma crise ambiental".
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