Na nova edição da Bloomberg Businessweek, com foto do presidente da Câmara dos Deputados, “O homem que mantém o Brasil unido não é Jair Bolsonaro”.

No enunciado logo abaixo, “Rodrigo Maia teve sucesso naquilo em que o presidente fracassou, construindo de forma pacífica e meticulosa coalizões —e poder”.

A revista ouve do deputado Alexandre Frota, ainda bolsonarista, que o país agradecerá Maia no futuro. O próprio também é ouvido e diz que só preencheu um vazio.

Na descrição da Bloomberg, além de liderar a reforma da Previdência, ele bloqueou propostas “mais inflamatórias” de Bolsonaro como liberar armas:

“Maia também conteve os planos do ministro da Justiça, Sergio Moro, um herói para os direitistas por seu papel na prisão do ex-presidente Lula e um aliado de Bolsonaro.”

Na newsletter da Bloomberg, compartilhando parte da reportagem e chamando para ler na íntegra, o título foi ainda mais afirmativo:

"O homem com o poder de verdade no Brasil"

A CREDIBILIDADE DO JUDICIÁRIO

Em extensa reportagem no Wall Street Journal, com título para o “juiz manchado” (acima), o Wall Street Journal destaca no segundo enunciado que “A credibilidade do sistema judiciário brasileiro e o futuro do ex-presidente da Silva estão em jogo depois que mensagens vazadas de celular foram publicadas”.

Na legenda da foto principal, “Sergio Moro, ministro da Justiça, é acusado de coordenar secretamente com promotores para condenar o ex-presidente por acusações de corrupção em 2017, quando ele era juiz do caso”.

‘ALEGAÇÃO CONTRADITADA’

Ao longo da quinta-feira, as manchetes do New York Times e do Washington Post, que vinham resistindo e até lançando editorial contra o controle do noticiário por Trump através de declarações ofensivas, destacaram sua suposta “rejeição” aos brados racistas no comício que fez no dia anterior, contra congressista de origem africana (“Mande ela de volta”). O NYT, contido, publicou que “alegação foi contraditada por vídeo”.

QUATRO PINÓQUIOS

O WP foi além e, usando a classificação máxima de mentira de sua ferramenta de checagem, anunciou: “Quatro Pinóquios para a alegação de Trump” de que ele tentou conter as conclamações racistas. Em chamada para seu podcast, descreve o presidente como “racista”.