Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Trump e Xi voltam a negociar, mas 'sem avanços à vista'

EUA sublinham baque na economia chinesa; China decide transformar guerra comercial 'em oportunidade'

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No South China Morning Post, politburo do PC chinês decide se fiar no mercado interno para enfrentar a longa guerra comercial - Reprodução

Nos EUA, nas manchetes de New York Times e Wall Street Journal, “Trump provoca” e “eleva pressão” sobre a China na retomada das negociações.

Foi em tuítes e entrevista improvisada (vídeo abaixo) no momento em que chineses e americanos se reuniam em Xangai em torno da guerra comercial. A provocação foi quanto à desaceleração da economia chinesa, em contraste com a americana.

De sua parte, Xi Jinping comandou a reunião trimestral do politburo ou comitê central do Partido Comunista, coberta por South China Morning Post e outros na Ásia, como o financeiro japonês Nikkei.

Na manchete do primeiro, “China pode transformar ‘em oportunidade’ a crise da guerra comercial”, com a conclusão do politburo de que “precisa se fiar na sua demanda interna” para resistir aos EUA.

Na síntese do WSJ, o diálogo retorna “sem avanços à vista”.

MUITA TARIFA

Questionado pela GloboNews, Trump acabou fazendo elogios a Bolsonaro e o filho Eduardo.

Mas o que ecoou por AFP e Reuters foi a resposta vaga de que pode, sim, abrir negociação para acordo entre os dois países, acrescentando: “Eles nos cobram muita tarifa, mas fora isso nós amamos o relacionamento”.

Ouvido pela Reuters, o secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, anotou que eventual acordo seria com todo o Mercosul.

‘SCANDALE À BRASILIA!’

Le Monde, o financeiro Les Échos e a revista conservadora Valeurs Actuelles, entre outros franceses, reagiram com espanto e ironia ao cancelamento por Bolsonaro da reunião com o chanceler Jean-Yves Le Drian.

Descrevendo com expressões como “lamentável” e “escândalo em Brasília!”, os relatos anotaram que ele “surgiu momentos depois em ‘live’ de Facebook... cortando o cabelo!”

CINCO OLHOS NO ZAP

A aliança de espionagem Five Eyes (Cinco Olhos, reunindo agências de EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) encerrou na terça a sua reunião anual, em Londres, e não conseguiu tirar uma posição conjunta contra a chinesa Huawei, como queriam os EUA.

O que os cinco apoiaram na nota final, como destacado por Guardian e outros, foi cobrar das gigantes de tecnologia a garantia de acesso às mensagens criptografadas, por exemplo, do WhatsApp.

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