Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Bilionário morre e abre 'Copa do Mundo da desinformação'

Democratas culpam Trump por 'suicídio' suspeito, republicanos culpam Clinton

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Mal foi noticiada a morte do bilionário americano Jeffrey Epstein e o jornalista Joe Scarborough, que ancora o conhecido telejornal Morning Joe no canal pró-democrata MSNBC, lançou uma primeira teoria de conspiração.

Scarborough afirmou que falar em “suicídio é bullshit”, besteira: “Um cara que tinha informações que destruiriam a vida de homens ricos e poderosos acaba morto na cela. Tão previsivelmente... russo”.

Outros o seguiram na teoria, com a hashtag TrumpBodyCount, contagem dos mortos de Trump —que foi próximo de Epstein. Até que um comediante pró-republicano tuitou que, na verdade, “Epstein tinha informação sobre Bill Clinton e agora está morto #ClintonBodyCount”. E Trump o retuitou.

O retuíte do presidente sobre o ex-presidente foi manchete de MSNBC e Fox News. New York Times e Washington Post destacaram artigos críticos logo abaixo de suas manchetes.

Não faltaram outras teorias, no que acabou virando “Copa do Mundo da desinformação”. Mas elas eram inevitáveis, como admitiram análises de lado a lado, porque, no dizer de um repórter da Fox News no domingo, sobre o caso: “Tem tanta coisa que a gente não sabe”.

YOUTUBE & EXTREMA DIREITA

The Weekly, o programa de TV do NYT no streaming Hulu e no canal FX, só acessíveis nos EUA, mostrou neste domingo "como o algoritmo ajudou a catapultar" Bolsonaro e a "extrema direita" no país  (imagem reproduzida acima).

"Quando perguntamos a brasileiros como isso pôde acontecer, um candidato marginal se tornar presidente, ouvimos seguidamente que houve um fator: YouTube", relatou a repórter Amanda Taub, enviada ao Brasil.

Na chamada para a versão em texto da reportagem, "Membros da extrema direita do Brasil disseram que não teriam crescido tão rápido sem o mecanismo de recomendações do YouTube".

TODOS POR MACRI

Após Jair Bolsonaro e Sergio Moro, chegou a vez de FHC falar ao argentino Clarín em apoio à reeleição de Mauricio Macri, contra Cristina Kirchner. Mais precisamente: “Conheço Macri. Ele tem noção de como são as coisas. O populismo está de novo agora, com Cristina. Para mim, não é uma boa opção”.

Depois, avisou: “O equilíbrio de nossa região depende de que Argentina e Brasil estejam se entendendo bem”.

CRISTINA, NÃO

Também no domingo das primárias, artigo no Financial Times trouxe alertas contra Cristina, que é a vice do oposicionista Alberto Fernández.

Com duas fotos de Moro (uma delas na ilustração reproduzida abaixo), duas de Lula e duas dela, o texto diz que, “concorrendo apesar de enfrentar uma série de acusações de corrupção, a senhora Kirchner se agarrou às revelações sobre Moro [via Intercept] para argumentar que há uma conspiração judicial para punir líderes de esquerda na região”.

Mais à frente, “se peronistas voltarem, dizem analistas, os avanços contra a corrupção podem sofrer”. No título, “América Latina: Esforço anticorrupção do Brasil enfrenta reação”.

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