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Na manchete do Wall Street Journal pela manhã, as gigantes de tecnologia, Big Tech, “já sob holofote federal” nos Estados Unidos, vão enfrentar agora um “inquérito antitruste” preparado por um grupo de procuradores estaduais.

O cerco crescente fez surgirem “Os falsos patriotas do Vale do Silício”, título do colunista de tecnologia do New York Times, Kevin Roose, descrevendo como eles abriram uma “corrida para se aconchegar ao governo”. Lista ações de Facebook, Google, Apple e Amazon, o chamado Gafa, ligadas à guerra comercial de Donald Trump.

Mas foi o Twitter, sócio menor do grupo, que chamou a atenção ao adotar uma política contra “meios controlados pelo estado”, mais precisamente, chineses como a agência de notícias Xinhua ou o jornal Global Times/Huanqiu. Porém não contra a BBC, expressamente, porque seria só “financiada por contribuintes de impostos”.

A distinção revoltou o site The Canary, o mais alinhado ao Partido Trabalhista na oposição britânica e crítico da BBC. Também o Global Times, cujo repórter Fu Guohao foi amarrado e surrado por ativistas de Hong Kong na terça (13).

O jornal chinês enfatizou que, acionado pelo Twitter, o Facebook também passou a derrubar outras contas que questionam as manifestações na cidade.

O site britânico ressaltou que a escalada das plataformas avança ainda sobre veículos iranianos, russos e outros que conflitam com a “narrativa do establishment”.

FALUN GONG

Enquanto repercutia a lista negra do Twitter, a NBC divulgou extensa reportagem sobre a ascensão do The Epoch Times, site americano ligado à seita chinesa Falun Gong —cujo “objetivo expresso é derrubar o governo da China”.

O site alcança hoje até 3 bilhões de visualizações mensais em suas contas de Twitter, Facebook e YouTube. “Pelos números, não há defensor maior de Trump no Facebook”, destaca a NBC, explicando que o grupo o vê como enviado divino para derrubar o comunismo chinês --e é arma eleitoral para 2020.

MORDOR

Ecoando por Washington Post (acima), Süddeutsche Zeitung, Le Figaro, Voice of America, RT e outros, São Paulo surgiu às escuras, tomada por "fumaça" de queimadas em Rondônia e na Bolívia. O WP listou as piadas paulistanas, que viram paralelo com os domínios de Sauron, em "Senhor dos Anéis".