Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Perto da recessão, Brasil 'distribui dinheiro' e faz 'intervenção' no câmbio

Nos EUA, WSJ denuncia guerra comercial de Trump por aproximar a economia americana da recessão

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Em meio às manchetes antevendo recessão global, o Washington Post destacou a análise “Nove países-chave perto da recessão que os EUA poderão acompanhar”. A lista vai do Reino Unido à Coreia do Sul e passa pelo Brasil.

“Espera-se amplamente que a maior economia da América do Sul tenha crescimento negativo também no segundo trimestre, caracterizando recessão”, escreve, citando o novo apelo ao Fundo de Garantia: “O governo Bolsonaro está distribuindo dinheiro para os trabalhadores num esforço de estimular” reação.

Também falando claramente, o Wall Street Journal noticiou que “Intervenção estabiliza câmbio” no Brasil.

MURDOCH VS. TRUMP

Nos EUA, o WSJ perde a paciência com Donald Trump. Dias atrás, publicou o editorial “Uma recessão Navarro?”, questionando o presidente americano por ter se deixado levar só pelo assessor e anunciado mais tarifas contra a China, que ameaçam empurrar o mundo à recessão.

Peter Navarro respondeu na Fox Business, canal do mesmo grupo do jornal, do magnata conservador Rupert Murdoch, com uma frase de efeito: “Não soa muito diferente do Diário do Povo”.

Na quinta, o WSJ publicou novo editorial, sem interrogação, “A recessão Navarro”. E ironizou a comparação com o jornal do PC chinês, dizendo ser “novidade em termos de críticas a estas colunas” —seus editoriais são celebremente os mais direitistas na grande imprensa americana.

Diante dos novos dados prevendo recessão também nos EUA, escreveu “nós avisamos”, defendeu “trégua” com a China e fechou: “Alguém devia dizer a Trump que quem preside recessão raramente obtém um segundo mandato”.

ALERTA NA AMÉRICA LATINA

Em longa análise, o Financial Times publica que “Revés de Mauricio Macri é golpe na agenda de Trump na América Latina”, acrescentando logo abaixo que a “Virada da Argentina para a esquerda cria dor de cabeça para Washington”.

Mais precisamente, “como o México virou à esquerda com Andrés Manuel López Obrador, isso deixaria Jair Bolsonaro como o único presidente conservador entre as três grandes economias” latino-americanas.

Para o brasileiro, como para aliados americanos no Equador, Chile e Colômbia, os três com quadro semelhante ao argentino, a votação de Macri foi “um alerta claro”.

YOUTUBE & WHATSAPP

Em sua série de reportagens sobre o papel do YouTube na ascensão da extrema direita no Brasil, o New York Times aponta agora o "duto" da plataforma de vídeos do Google para o WhatsApp, serviço de mensagens do Facebook.

Exemplifica com o caso da mãe de uma criança com zika (acima). Após três anos de vídeos e mensagens, ela passou a rejeitar vacinas e acabou mudando seu voto para Bolsonaro.

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