O discurso chegou a ser manchete digital do francês Le Monde, "Jair Bolsonaro soa o ataque 'iliberal' na abertura da Assembleia Geral da ONU".
O brasileiro também conseguiu atenção momentânea, mas não manchete, de outros na Europa continental, como o também francês Le Figaro, o espanhol El País e o italiano La Repubblica, mas não nos principais alemães. Os destaques foram para a afirmação de que a "Amazônia não é patrimônio da humanidade" e para o seu "ultranacionalismo".
Não demorou e as atenções também na Europa se voltaram, na ONU, para Donald Trump, que veio em seguida com um discurso nacionalista de maior densidade.
A mídia anglo-americana nem chegou a dar Bolsonaro nas páginas iniciais e nos aplicativos, concentrados em Trump e no risco crescente de impeachment, nos EUA, e na derrota judicial de Boris Johnson e em sua possível renúncia, no Reino Unido.
Foi o que se viu por New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e pelos londrinos The Times, Telegraph e Financial Times. Também asiáticos como o South China Morning Post se voltaram para Trump. Já latino-americanos, inclusive os principais argentinos, mal noticiam a Assembleia Geral.
O britânico The Guardian, que havia se distanciado do Partido Trabalhista, abriu rara manchete para o líder Jeremy Corbyn, dizendo que "Johnson não está apto para ser primeiro-ministro".
E foi dos poucos, entre os anglo-americanos, a dar uma chamada para o presidente brasileiro, pequena, "Bolsonaro diz que mídia enganosa está hypando queimadas".
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