Editorial no Global Times/Huanqiu, tabloide ligado ao PC chinês, dá o tom da comemoração dos 70 anos da República Popular da China, a serem completados na terça (1º):
“Um país que começou com uma economia muito fraca. Mas obteve enormes conquistas econômicas e se tornou a segunda economia do mundo.” E assim “reformulou os meios de vida do povo chinês”, que até então “sofria pela pobreza”.
A China “antes marginalizada no mundo” se tornou mais competitiva, com “diversas empresas de classe mundial”. No novo século, chineses comuns “se transformaram em pioneiros de mudanças sem precedentes”. E vai por aí o argumento, fincado na economia.
Já o South China Morning Post, jornal ligado ao Alibaba, uma das “empresas de classe mundial” do país, manteve como manchete, ao longo do domingo, “Polícia enfrenta manifestantes que queimam ruas no centro de Hong Kong”.
Na reportagem, descreve “caos”. Sublinha que o domingo desta vez “foi mais violento que o sábado, sinal ameaçador antes do Dia Nacional, quando a China marca o 70º aniversário do governo do PC”.
Acrescenta que os manifestantes “chamaram uma greve geral para segunda”, em Hong Kong, “e prometeram sair com força total na terça para estragar a comemoração de Pequim”.
Editorial em inglês: www.globaltimes.cn/content/1165886.shtml
HU XIJIN & INTERNET LIVRE
O SCMP noticiou que Hu Xijin, editor do GT/Huanqiu, “reagiu aos controles da internet por Pequim”.
“O Dia Nacional está chegando e está difícil acessar, até o nosso trabalho no jornal foi afetado”, escreveu ele na rede social Weibo. “Este país não é frágil. Sugiro que a sociedade tenha mais acesso à internet externa, o que vai beneficiar a força e a maturidade da opinião pública, da pesquisa científica, bem como dos interesses nacionais.”
Após ser muito compartilhado, ele apagou e escreveu que foi para evitar mais “controvérsia”, pedindo debate “racional”.
ERNESTO ARAÚJO & HUAWEI
Em Nova York, o chanceler Ernesto Araújo foi entrevistado duas vezes pela Bloomberg, em evento e na televisão. Foi pressionado em ambas sobre ceder aos EUA e vetar a gigante chinesa Huawei no Brasil. Declarou, por fim: “A coisa importante é que nós não queremos discriminar qualquer empresa”. Foi o título da Bloomberg.
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