Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Contra-ataque sobre Amazônia já começou

Região 'não é zoológico para se ficar observando', diz ministro Ricardo Salles ao Wall Street Journal

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Enviados da Bloomberg à Amazônia reportam o efeito das ‘palavras de Bolsonaro’ junto aos fazendeiros - Reprodução

O noticiário das queimadas prossegue no exterior, com a agência Reuters despachando que o “Desmatamento sobe em agosto no Brasil, elevando a preocupação com os incêndios na Amazônia”.

Na Bloomberg, em longa reportagem de David Biller e Bruce Douglas, “Palavras de Bolsonaro são as faíscas conforme fazendeiros queimam a Amazônia”. Eles “se sentem empoderados para limpar a terra com fogo”.

Mas o contra-ataque de mídia já começou, com entrevistas do ministro do Meio Ambiente para a mesma Reuters e para o Wall Street Journal —este com o destaque de que Ricardo Salles “diz que desenvolvimento vai salvar a floresta tropical”. Para o ministro, “a Amazônia não é só um zoológico para se ficar observando”.

De maneira mais ostensiva, começaram a aparecer artigos de opinião com enunciados como “Por que todas as coisas que eles falam sobre a Amazônia estão erradas” em sites como Forbes e The Federalist —e até mesmo CNN e South China Morning Post.

SALVAR A AMAZÔNIA

Em editorial nesta segunda (9), o Financial Times ressalta que “Diplomatas, empresas e consumidores, todos têm um papel a representar” na tarefa global de “salvar a Amazônia”. E que “ninguém deve se deixar enganar” pelo anúncio do presidente brasileiro, de que seu governo passou a adotar “tolerância zero” com os crimes ambientais.

Dias depois de admitir um governo do trabalhista Jeremy Corbyn no Reino Unido, afirma agora o editorial do FT: “O Brasil já mostrou que pode reduzir com sucesso o desmatamento. Foi o que fez de 2004 a 12, a maior parte sob o governo do presidente Lula”.

INTEGRAÇÃO

A Americas Society/Council of the Americas, uma das organizações que abriram as portas nos EUA para Bolsonaro durante a campanha eleitoral, realizou evento em Brasília, destacando a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que defendeu maior "integração" produtiva com os EUA.

Também Sergio Moro, da Justiça, que pediu aos investidores estrangeiros que "apostem" no agora presidente Bolsonaro.

COOPERAÇÃO ESTRATÉGICA

A agência Xinhua noticia que Wei Fenghe, ministro da Defesa e general do Exército Popular de Libertação da China, está em Brasília.

Além de Bolsonaro, já se encontrou com o colega brasileiro, general Fernando Azevedo e Silva, e com o vice-presidente, general Hamilton Mourão —que “disse que a China é parceira fidedigna e confiável do Brasil para a cooperação estratégica abrangente e que o Brasil está disposto a trabalhar com a China para fortalecer a cooperação integral em diversas áreas”.

Em português:
http://portuguese.xinhuanet.com/2019-09/08/c_138375610.htm

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