Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

EUA resistem como podem às gigantes chinesas de tecnologia

Para Zuckerberg, pressão para dividir Facebook e outras em pedaços abriria o mundo à 'alternativa das empresas chinesas'

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O Wall Street Journal marcou o dia da aposentadoria de Jack Ma, o célebre fundador do Alibaba, com a reportagem de capa “Para muitos gigantes chineses de tecnologia, o sucesso para na fronteira”. O exemplo dado foi a dificuldade da plataforma de comércio —de receita anual maior que “Amazon e eBay juntas”— no Vietnã.

Mas o jornal admite vitórias, inclusive “o desempenho do AliExpress, site global do Alibaba, na Rússia e no Brasil, grandes mercados com consumidores atentos a preços”. Ou então o aplicativo TikTok, da chinesa Bytedance, “que pegou como fogo nos EUA”.

Em reportagem anterior, intitulada “TikTok domina”, o WSJ já havia alertado que, se os vídeos na plataforma “são bobos, a estratégia para dominar mídia social é séria”. Tanto que o Facebook “lançou um clone chamado Lasso, mas não chegou a 1% do TikTok”.

No ano passado, pouco antes de lançar o clone, Mark Zuckerberg alertou no Recode que a pressão para dividir Facebook e outros gigantes americanos em pedaços abriria o mundo para a “alternativa das empresas chinesas”. E elas “não vão querer ajudar tanto o interesse nacional”.

SOROS VS. HUAWEI

Ainda no WSJ, artigo do investidor George Soros, financiador das campanhas democratas, elogiou a guerra comercial “bipartidária” de Donald Trump contra a China. Mas criticou que ele, pela reeleição, está querendo “armar um encontro com Xi Jinping e fazer um acordo”.

O temor de Soros é a gigante Huawei, que sem as sanções “pode consolidar sua liderança no mercado 5G”, estimulando a “compra de know how de empresas chinesas” mundo afora.

FRIEDMAN & HUAWEI

Já o colunista Thomas Friedman, o porta-bandeira no apoio do New York Times à guerra comercial, foi a Shenzhen entrevistar Ren Zhengfei, o fundador da Huawei. E voltou convencido de que é preciso “um esforço para desarmar a crise” com a empresa.

Destaca, com a imagem acima, que Ren quer negociar “sem restrições” e aceita até “licenciar toda a plataforma 5G para qualquer empresa americana que quiser fabricá-la e operá-la independente da Huawei”.

Friedman acrescenta que “os EUA não têm fabricante próprio de rede 5G” e que as outras “únicas fornecedoras de porte são as europeias Nokia e Ericsson, muito mais caras”.

DIDI 'EXPLODE'

Ao fundo, a agência Xinhua despachou “Por que o aplicativo chinês DiDi está explodindo na América Latina”. Concorrente do americano Uber, ele começou na região pelo Brasil em março do ano passado, com a marca 99, e avançou por México, Chile e Colômbia, alcançando mil cidades latino-americanas e 18 milhões de usuários mensais.

Link: http://www.xinhuanet.com/english/2019-09/09/c_138378900.htm

REALITY

No portal de Matt Drudge, reproduzido acima, "Você está demitido", diz Trump, ex-apresentador do The Apprentice. "Eu me demiti!", responde John Bolton.

Nas manchetes de NYT e WSJ, que evitaram o verbo, "Trump derruba Bolton".

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