Na manchete do Times de Londres, “Johnson perde votação histórica”. Com a “derrota humilhante”, ele não só “perde o controle do brexit”, mas pode se mostrar “incapaz de cumprir a ameaça de convocar eleições”.

E não foi apenas no Parlamento que Boris Johnson saiu derrotado, na terça.

O Telegraph já trazia à tarde a chamada “Corbyn é melhor do que brexit sem acordo, dizem bancos de investimento”. O líder do “Partido Trabalhista anticapitalista”, na expressão do jornal conservador, “ganhou fãs na City”, o centro financeiro de Londres.

Dias antes, o Financial Times já havia apoiado um governo Jeremy Corbyn, em editorial que reagiu à decisão de Johnson de suspender o Parlamento para implementar um “brexit sem acordo” com a União Europeia.

A Bloomberg acompanhou ao vivo a terça em Londres e destacou, quando o Partido Conservador de Johnson perdeu um parlamentar, um salto no valor da libra. A moeda britânica “subiu ao ponto mais alto do dia depois que Johnson perdeu a maioria”:

JOHNSON & BOLSONARO

Em meio aos debates no Parlamento, a líder do Partido Verde britânico, Caroline Lucas, se levantou para cobrar do primeiro-ministro que “enfrente Bolsonaro, que deliberadamente incentiva esses incêndios para abrir mais a Amazônia, ameaçando comunidades indígenas e acelerando a crise climática”.

Johnson respondeu ser contra “qualquer medida que reduza o livre comércio” e que seu governo tem algo “muito melhor, uma campanha para plantar um trilhão de árvores” no Brasil.

CORBYN & LULA

O líder da oposição de esquerda na França, Jean-Luc Mélenchon, anunciou em rede social que vai se reunir nesta quinta (5) com Lula, em Curitiba, fechando uma turnê latino-americana que o levou a encontrar o mexicano López Obrador e o uruguaio José Mujica, entre outros.

Dias atrás, em evento de sua campanha para presidente nos EUA, também o socialista Bernie Sanders voltou a defender a libertação de Lula.

E semanas antes, como noticiou o site The Canary, Jeremy Corbyn usou um fórum do Partido Trabalhista para questionar a manutenção da prisão “completamente inaceitável”, em mensagem de “solidariedade”.