Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Nelson de Sá

Facebook News, enfim, vai começar a pagar por notícia

Nova aba será lançada nesta sexta, com Mark Zuckerberg ao lado de executivo do WSJ

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

As perguntas de Alexandria Ocasio-Cortez a Mark Zuckerberg em audiência, questionando a aceitação de posts com mentiras de políticos, deixaram o dono do Facebook sem fala, balbuciando respostas —e resultaram em muita piada online, quarta e quinta.

Mas a principal resposta política de Zuckerberg, às críticas da congressista e de outros ao longo dos últimos anos, será dada nesta sexta, quando ele lança uma nova aba de notícias no Facebook, após fechar acordo com centenas de empresas jornalísticas.

“Algumas delas serão pagas para fornecer conteúdo”, publicou o Washington Post, um dos veículos que aceitaram participar, junto com Wall Street Journal, Business Insider, BuzzFeed e vários sites de jornalismo local. O serviço de início será limitado a algumas grandes cidades dos EUA.

É chamado de Facebook News nos convites para o lançamento, em que Zuckerberg estará ao lado de Robert Thomson, CEO da News Corp. de Rupert Murdoch, que publica WSJ e outros jornais. Thomson e Murdoch há anos cobram que as gigantes de tecnologia paguem pela notícia.

De acordo com o site Vox, o valor a ser pago a alguns veículos chega a US$ 3 milhões por ano, “uma fração” dos US$ 19 bilhões projetados como lucro para o Facebook, neste ano. Apesar disso, analistas como Peter Kafka e Ken Doctor veem “grande mudança”.

PS 8h - O New York Times, dizendo que "também trabalhará com o Facebook para oferecer seus artigos no Facebook News", descreve o anúncio da plataforma como uma "trégua".

REDAÇÃO

O Facebook News ainda vai se concentrar em curadoria por algoritmo, para escolher as notícias que levará a cada usuário, mas terá “uma pequena equipe de jornalistas” encabeçada por Anne Kornblut, ex-editora no WP, há quatro anos na plataforma.

‘NÃO É A RESPOSTA’

A liberal The Economist (acima) elogia a presidenciável democrata Elizabeth Warren, que "não é socialista", e defende até sua "vigorosa política antitruste para empresas de tecnologia".

Mas conclui que o plano de reformas da "líder na corrida", que sugere também dividir bancos, separando varejo e investimento, se apoia demais em regulação pelo governo e "não é a resposta" para os EUA.

TIKTOK, A AMEAÇA

O WP informa que Charles "Chuck" Schumer, influente líder democrata no Senado, representante do establishment no partido, solicitou às agências americanas de inteligência que investiguem se a rede social chinesa TikTok apresenta “riscos à segurança nacional”.

Concorrente do Facebook, o bem-sucedido TikTok vem sendo alvo de acusações de Zuckerberg, inclusive em seu discurso nacionalista da última semana, em Washington.

HUAWEI TAMBÉM

O South China Morning Post publicou a reportagem “O que esperar da visita de Jair Bolsonaro?”. Destaca que o melhor cenário para Pequim seria o anúncio da participação do Brasil na chamada Iniciativa do Cinturão e Rota, para investimento chinês em infraestrutura.

Uma “segunda questão” seria o país aceitar a Huawei em 5G, apesar da pressão americana. Também a Bloomberg enfatiza, sobre a visita, a pendência maior em torno da Huawei.

DIVERSIFICAÇÃO

O Global Times/Huanqiu, ligado ao PC chinês, destacou às vésperas da chegada de Bolsonaro que a “China precisa diversificar importações agrícolas”, segundo relatório recém-divulgado por Pequim.

Em soja, para não depender dos “caprichos do governo Trump”, cita não só o Brasil, mas Argentina, Rússia e até a Índia.

Links:
http://www.globaltimes.cn/content/1167374.shtml
http://www.globaltimes.cn/content/1166890.shtml

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.