Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Fernández envia sua amizade a Mike Pompeo, Evo e Dilma

Ao venezuelano Nicolás Maduro, presidente eleito da Argentina defende 'plena vigência da democracia'

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Uma série de tuítes vai definindo a política externa argentina diante dos EUA —e do Brasil.

Começou com o secretário de Estado, Mike Pompeo, tuitando em inglês que os EUA estão prontos para trabalhar com Alberto Fernández e manter a “parceria de longa data”. E com a resposta em espanhol do argentino, falando em “trabalho conjunto”.

Paralelamente, Fernández agradeceu os parabéns do venezuelano Nicolás Maduro, escrevendo porém que “a plena vigência da democracia é o caminho para lograr” a superação da pobreza na região.

Em contraste, foi efusivo com o “querido” Evo Morales e por fim com a “querida” Dilma Rousseff, escrevendo que “os destinos de Argentina e Brasil estão ligados por um vínculo histórico de fraternidade”.

De sua parte, Jair Bolsonaro surgiu de novo na manchete digital do Clarín, na terça, com a ameaça “Nos preparamos para o pior”. Ou seja, sair do Mercosul, se o novo governo não seguir “as mesmas práticas de Mauricio Macri, abertura, liberdade econômica”.

Mas os EUA não parecem querer que Bolsonaro saia. Em análise sobre a política externa de Fernández, a Bloomberg citou as ameaças brasileiras e a eventual aproximação argentina com a China. E Andres Oppenheimer, de Miami Herald e CNN, já havia alertado que Bolsonaro pode acabar jogando a Argentina nos braços de Xi Jinping.

ONDA ANTINEOLIBERAL

Em meio ao sem-número de análises sobre Argentina, Chile e região, o Washington Post publicou, com a imagem acima, e o Drudge Report destacou “A onda antineoliberal que balança a América Latina”.

Sobre o Brasil, anota que “Bolsonaro se acha cada vez mais isolado e pode enfrentar reação raivosa similar, se não entregar o que prometeu” de reação econômica. “Vamos ver quanto vai durar para Bolsonaro”, avaliou acadêmico argentino.

‘NOS DESCULPAMOS’

Sobre Chile, sobra comentário e falta cobertura, apesar de o número de mortos ter chegado a 20. O que vem do próprio país se revela arriscado.

Na segunda, o principal jornal chileno, La Tercera, se desculpou por ter noticiado “a participação de cidadãos cubanos e venezuelanos em protestos violentos”, com base no governo, sem confirmar com outras fontes. Mas o estrago já estava feito e seguiu ecoando, nas análises.

DÍAZ-CANEL & PUTIN

Em jornais como o russo Kommersant (acima) e americanos como Washington Post, os presidentes de Cuba e Rússia, Miguel Díaz-Canel e Vladimir Putin, se reuniram em Moscou, com elogios ao "fortalecimento" e à "resistência" de ambos. Segundo a AP, eles passam por reaproximação "significativa".

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