Na manchete do site The Verge, que deu o furo de Casey Newton com os áudios vazados de Mark Zuckerberg, ele “anima funcionários do Facebook contra críticos, concorrentes e governo”.
Mais precisamente, Zuckerberg falou contra a crítica Elizabeth Warren, a presidenciável democrata que quer separar Instagram e WhatsApp do Facebook. Disse que, “se ela for eleita”, seria “um saco para nós” e anunciou reação judicial.
Também falou contra o concorrente TikTok, “o primeiro produto para consumidores feito por uma gigante chinesa de tecnologia que está tendo êxito ao redor do mundo”. Disse que a resposta do Facebook será lançar a cópia que criou, Lasso, “em países como México, onde o TikTok ainda não é grande”.
E falou por que não aceita convocação para falar a governos, fora os EUA: “Não faz sentido para mim ir a audiências em cada um dos países que me querem por lá”.
O que ecoou mais foi Warren, de New York Times e Washington Post a Financial Times. Em mídia social, ela respondeu detalhando como seria a divisão do Facebook, voltando a citar Instagram e WhatsApp, e de outros gigantes, com a hashtag #BreakUpBigTech. E ironizou como seu projeto deixou Zuckerberg “tão nervoso”.
Apesar da reação superior de Warren, jornalistas influentes de tecnologia como Kara Swisher, hoje colunista do NYT, e Matthew Yglesias, co-fundador do Vox, se disseram preocupados com a eventual interferência das plataformas de Zuckerberg contra a presidenciável democrata, na eleição do ano que vem.
DEZ OGIVAS
Na manchete do South China Morning Post, que é publicado na cidade, “Manifestante baleado e rastro de destruição em Hong Kong no Dia Nacional”. No Global Times, de Pequim, “China estreia o mais avançado ICBM DF-41 em parada” na cidade, com foto dos mísseis.
O japonês Nikkei e o britânico FT deram manchete para o manifestante baleado e a “escalada de violência” —e submanchete para os mísseis, com o enunciado “China apresenta ICBM capaz de atingir EUA com dez ogivas”, no primeiro.
Link citado: http://www.globaltimes.cn/content/1165931.shtml
DOIS PRESIDENTES
Na ironia do correspondente do NYT na Venezuela, Anatoly Kurmanaev, sobre o Peru, “Ter dois presidentes está na moda na América Latina”.
Já no título desanimado do editorial do peruano El Comercio, “Perdemos todos”. No subtítulo, “Dissolução do Congresso é um feito lamentável”.
E um correspondente de América Latina da Economist, Michael Reid, avisa: “Todos os democratas deveriam se preocupar com o fechamento de um legislativo”.
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