Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

China compra mais carne e está 'confiante' com Huawei no Brasil

Xi Jinping desembarca para a cúpula dos Brics, que para a Reuters 'marca a recuperação na relação China-Brasil'

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Agências ocidentais como France Presse e Reuters, ouvindo acadêmicos como Luis Fernandes, da PUC-Rio, e Oliver Stuenkel, da FGV-SP, concluíram que o "Brasil fará equilibrismo entre EUA e China na cúpula dos Brics" e que o evento "marca a recuperação na relação China-Brasil".

Para tanto, na terça, véspera do encontro, também via agências, as autoridades chinesas aprovaram mais 13 frigoríficos brasileiros, cinco de carne suína, cinco de bovina e três de frango, que passarão a exportar para o país.

Do outro lado, também na véspera, pelo principal veículo privado de notícias financeiras de Pequim, Caixin, com Bloomberg, "China está 'confiante' de que o Brasil vai permitir que a Huawei monte sua rede móvel 5G".

A expressão é do embaixador da China, Yang Wanming, para quem a atitude brasileira se manteve "objetiva e racional" em meio à campanha de "má fé e difamação" dos EUA contra a Huawei, ao longo do último ano.

No alto, o canal internacional de notícias da China, CGTN, transmite a chegada do presidente Xi Jinping.

RUSSOS NO QUINTAL

Em artigo no New York Times, o acadêmico Dmitri Trenin, do Centro Carnegie de Moscou, escreveu, no destaque do jornal americano: "O retorno da Rússia não vai parar na Síria. Vá se acostumando, porque a influência russa está chegando a uma região perto de você".

Vale para África, para Índia e Paquistão e para a América Latina. Não só Cuba e Venezuela, mas "Brasil (um colega de Brics), Argentina e México".

SOCIALISMO INQUIETANTE, AGORA NA EUROPA

Na Espanha, o Partido Socialista e o Podemos chegaram a um acordo, selado pelo abraço de seus dirigentes destacado por El País e outros, e devem formar o novo governo. Jornais à direita, como ABC, recorreram a manchetes carregadas de opinião, apontando "coalizão inquietante para a Espanha" e até "esquerda radical".

MÉXICO ORGULHOSO

Nas manchetes digitais de alguns dos principais jornais mexicanos, como Excelsior, Reforma e La Jornada, "Muito obrigado por salvar a minha vida", frase do Evo Morales ao chegar para o exílio.

AMLO, como o presidente mexicano é chamado no país, se declarou "Orgulhoso de um governo que garante asilo".

Mas os veículos mexicanos e até o equatoriano El Comercio ressaltaram que o governo de Lenín Moreno resistiu até, "finalmente", liberar a passagem do avião com Evo a caminho do México.

JULIAN ASSANGE ESPIONADO

O El País, que vem publicando uma série de reportagens sobre o cerco a Julian Assange durante seu asilo na embaixada do Equador em Londres, revela agora que o ex-militar espanhol que “espionou Assange para a CIA” esteve no Estado americano que sedia a agência, Virgínia —inclusive na cidade em que o editor do WikiLeaks é julgado à revelia.

O ex-militar foi supostamente contratado pelo governo Lenín Moreno para fazer a segurança da embaixada.

Julian Assange durante audiência, no dia 21 de outubro de 2019 - Julia Quenzler/Reuters

ASSANGE PODE MORRER

Há três semanas, Assange surgiu sem barba para uma audiência de extradição para os EUA, em Londres (acima), e segundo a Reuters teve dificuldade para lembrar seu nome e idade.

Neste fim de semana, seu pai denunciou que ele "pode morrer na prisão" e celebridades que o apoiam, como a atriz Pamela Anderson e a rapper MIA, aceleraram ações em busca de apoio, escrevendo até para Donald Trump e a primeira-dama Melania.

Erramos: o texto foi alterado

Assange esteve asilado na embaixada do Equador em Londres, não Madri. O texto foi corrigido.

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