Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Nelson de Sá

México, Argentina e até Brasil enviam sinais de acomodação

López Obrador e Fernández rejeitam formar novo bloco; Bolsonaro informa que Mourão vai à posse em Buenos Aires

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Com a visita do argentino Alberto Fernández ao mexicano Andrés Manuel López Obrador, amontoaram-se especulações sobre como vai se configurar a “ascensão da esquerda latino-americana”, ou, ainda, “a segunda onda rosa”.

A Reuters, por diversos veículos, e o Excelsior, principal jornal mexicano, questionam uma eventual reviravolta na política externa regional, enfatizando que o presidente do México, por exemplo, recusa liderar um novo bloco.

“Mas o retorno mexicano à postura não intervencionista é igualmente importante e age como muro de contenção contra aqueles interessados em se intrometer noutros países”, escreve a agência.

No Excelsior, Fernández também diz não desejar “bloco contra o neoliberalismo” —e que os dois países defenderão “que se implementem sistemas democráticos” para buscar a “igualdade”, nova indireta à Venezuela.

Já um correspondente do Financial Times arrisca que Fernández poderia encabeçar “uma política externa radical, realinhando” a região. A prova seria como ele, que “precisa vencer suas diferenças com Bolsonaro”, defendeu Lula.

Ainda na terça, no entanto, o argentino Clarín levou à submanchete que o governo brasileiro informou à comitiva do presidente eleito, ainda no México, que “o vice Hamilton Mourão será enviado para a posse em 10 de dezembro”.

‘BLOCKBUSTER’

O FT destaca o “leilão arrasa-quarteirão”, de grande sucesso, do pré-sal. Sublinha que as gigantes petroleiras “ExxonMobil, Shell e Cnooc” estarão na disputa por explorar aquele que será “o quarto maior produtor de petróleo do mundo”.

‘OURO DE SANGUE’

A New Yorker (acima) publica extensa reportagem de Jon Lee Anderson, com dez fotos de Mauricio Lima, sobre o "blood gold" na Amazônia, expressão que remete à exploração em zonas de guerra. Mostra como "povos indígenas e garimpeiros ilegais estão em luta na floresta tropical brasileira".

‘O CHILE ACORDOU’

Passadas três semanas, o New York Times (acima) produziu extensa reportagem sobre os protestos no Chile, creditando ao "legado de desigualdade da ditadura", mas sem citar mortes e com destaque só no site, abrindo 12 fotos de Tomas Munita.

CNN Chile parou de contar há uma semana, em 23 mortos.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.