O presidente brasileiro surge repetidamente nos balanços de fim de ano. Nos “Melhores Filmes de 2019”, o New York Times escolheu “Democracia em Vertigem” para o oitavo lugar e justificou:
“Este documentário angustiante, uma análise cuidadosa dos eventos que levaram à eleição de Jair Bolsonaro, é o filme mais assustador do ano.”
O mesmo NYT atravessou a quinta (5) com o destaque “Amazônia está totalmente sem lei: A floresta tropical após o primeiro ano de Bolsonaro”, extensa edição de fotos e vídeos concentrada nas queimadas.
Já o Financial Times publicou também na quinta um caderno de quatro páginas com a manchete “Floresta tropical em destruição ameaça o mundo” e, logo abaixo, “Presidente do Brasil dá de ombros aos temores ambientais para ‘monetizar’ a Amazônia”.
Todas as reportagens questionam o governo brasileiro, com títulos como “Espectro de devastação desencadeia feroz batalha pelo futuro da Amazônia” ou “Investidores boicotam o Brasil por preocupação com o desmatamento da Amazônia”.
Sobrou para a China. O mensal The Art Newspaper, publicação global com redações em Nova York, Londres, Paris, Moscou e Pequim, destaca o novo documentário do chinês Ai Weiwei, que retrata as queimadas como esforço para abrir caminho à agropecuária na Amazônia.
Em visita a Pequim, diz Ai, Bolsonaro “exaltou a China e deu sinal verde para investimentos” que podem ter “efeito devastador”.
FARIA LIMA EM HANGZHOU
O site chinês Sohu noticia a visita de uma “delegação dos maiores bancos de investimento” do Brasil à sede do Alibaba e outras, em Hangzhou, perto de Xangai. “O propósito é conhecer o ambiente ‘fintech’ chinês, buscando cooperação”, descreve.
Na mesma direção, a agência Xinhua e a rede CCTV ouviram o governador João Dória sair em defesa de investimentos chineses em São Paulo —e criticar as tarifas dos EUA contra o aço e o alumínio brasileiros.
Outro link citado:
http://world.people.com.cn/n1/2019/1204/c1002-31490015.html
BRASIL & RÚSSIA?
Em Moscou, o financeiro Kommersant entrevistou o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o Izvestia cobriu a assinatura de memorando de estímulo a exportações e investimentos entre os dois países.
E a agência RIA Novosti noticiou estudo acadêmico bilateral apontando as frentes mais promissoras de comércio, inclusive grãos.
‘A CHINA VENCEU?’
Nas últimas semanas, o acadêmico e ex-diplomata Kishore Mahbubani, de Cingapura, foi ouvido sobre a guerra comercial na sede da Huawei, no canal chinês CGTN e pelos colunistas de política internacional Gideon Rachman, no FT, e Thomas Friedman, no NYT.
A razão é o livro que ele lança no início do ano que vem, no qual afirma que os EUA saíram "avariados" da crise de 2008, enquanto a China está "firme e resoluta".
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