Nesta sexta (13), horas depois da "vitória histórica" de Boris Johnson, na manchete impressa final do Telegraph (abaixo), o noticiário britânico destaca as declarações do primeiro-ministro de que recebeu um "grande mandato" para o Brexit. Na União Europeia, "alívio".
Já nas análises destacadas sobre o futuro do Reino Unido, fala-se em "nova era política", expressão do Times de Londres para descrever o país que surge com a derrota do Partido Trabalhista em seu "coração", como enfatiza o Financial Times. Foi seu pior resultado desde 1935.
Jornal mais próximo do primeiro-ministro, o Telegraph aponta "um triunfo churchilliano como não se via desde Margaret Thatcher" e prossegue nas críticas ao que chama de "bolha de Londres", que não percebeu o terremoto político que se aproximava.
O Guardian, jornal considerado de centro-esquerda, mas que se dividiu sobre o apoio ao trabalhista Jeremy Corbyn, continua dividido, chamando uma análise responsabilizando o líder "sem agilidade, carisma ou credibilidade".
Mas destacou também outra análise, dizendo que "os centristas terão que encarar que o eleitorado não abandonou o Partido Trabalhista pelo centro e sim pela extrema direita na Inglaterra e pela alternativa nacionalista na Escócia". A exemplo do Telegraph, sublinha que a líder liberal-democrata, centrista e anti-Corbyn, nem foi reeleita.
Por outro lado, o Telegraph é único a enfatizar o recorde de mulheres eleitas para o Parlamento, 220.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.