A resposta imediata ao novo pronunciamento de Jair Bolsonaro, na cobertura externa, havia sido de cansaço, até constrangimento, com o brasileiro e sua mesmice. "De novo", registravam os títulos. Com a entrada das revistas, começou o sarcasmo.
O título na inglesa The Economist, em sua edição impressa, é "BolsoNero", dizendo que ele "brinca" enquanto a pandemia avança sem controle no Brasil.
Na alemã Der Spiegel, "O último negacionista", com a imagem abaixo. Mostra que, da chanceler Angela Merkel ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, todos passaram a adotar o isolamento.
As comparações com Trump começaram a se perder, em parte porque este passou a adotar distanciamento nas entrevistas e a evitar a expressão "vírus chinês", de fato, como prometido.
Ainda assim, destacando que o presidente brasileiro continua tentando "canalizar Trump", o Washington Post embarcou na ironia, com este primeiro parágrafo:
"Ele falou que o auto-isolamento era 'confinamento em massa'. Chamou o novo coronavírus de 'gripezinha'. Perguntou 'por que fechar as escolas' se só pessoas com mais de 60 estão sob risco. Este é Jair Bolsonaro, líder do maior país da América Latina."
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