Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Nelson de Sá

'Bolsonaro de saída?' Pergunta avança agora no exterior

Ele vai fazer com que brasileiros sejam mortos, diz o consultor e colunista Ian Bremmer

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A eventual renúncia de Jair Bolsonaro chegou à cobertura externa, com o buscador para notícias de Brasil em inglês, do Google, mantendo no topo a reportagem do Guardian, "Esquerda brasileira cobra que Bolsonaro renuncie por causa de sua resposta ao coronavírus" (abaixo, imagem da home).

Destacando que o brasileiro é "acusado de cínica e criminalmente colocar interesses econômicos acima da saúde pública", o jornal inglês detalha o manifesto "publicado primeiro pela Folha", ouve Guilherme Boulos e cita post de Fernando Haddad.

A Deutsche Welle, o serviço mundial de notícias da Alemanha, semelhante ao da britânica BBC, noticiou ressaltando a assinatura de "Haddad e Ciro Gomes, que terminaram em segundo e terceiro lugar na eleição presidencial, além dos líderes do PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB e PCB".

E mencionou reportagem do espanhol El País, que informou que a cúpula das Forças Armadas "sinaliza apoio a Hamilton Mourão", o general vice-presidente, em caso de "afastamento do presidente". Na mesma direção, o argentino Crônica já pergunta, em título: "¿Se va Bolsonaro?".

VULNERÁVEL

As ações e declarações do brasileiro seguem causando revolta. O consultor americano Ian Bremmer, colunista da Time, comentou a foto do passeio por Brasília, postada por ele e derrubada pelo Twitter, notícia que correu mundo:

"Ele vai fazer com que brasileiros sejam mortos. Um nível de irresponsabilidade que nunca vi num líder eleito democraticamente."

Espalham-se enunciados como "Bolsonaro está em negação e vulnerável" [out on a limb], na BBC, "A perigosa experiência de Bolsonaro com a população", no alemão Die Welt, e "Brasil foi o que mais sofreu com coronavírus na América Latina, mas seu presidente não dá importância a isso", no serviço mundial russo RT.

NA ESPIRAL DA ITÁLIA

O presidente Alberto Fernández, por Clarín e outros veículos argentinos, afirmou estar "muitíssimo" preocupado que países como o Brasil "não entendam a gravidade do problema". Sobre Bolsonaro, especificamente:

"Suas declarações complicam e, com essa lógica, temo que entrem na mesma espiral que a Itália."

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.