Abrindo uma imagem do cemitério de Vila Formosa, com coveiros usando equipamento de proteção, a capa do Washington Post (reprodução abaixo) noticia como o "Contágio pode esmagar o mundo em desenvolvimento".
Nove correspondentes, do Rio a Nairóbi e Nova Delhi, ouvem especialistas em saúde pública e a população. Os países do Hemisfério Sul, que demoraram a reagir, "aceleraram seus passos, mas o presidente do Brasil chamou o surto de 'fantasia'", diz a legenda do WP.
O Wall Street Journal traz reportagem na mesma linha, mobilizando seis correspondentes, inclusive no Brasil, mas se concentrando na Colômbia, um dos países mais desiguais da América Latina:
"No mundo em desenvolvimento, coronavírus bate em trabalhadores da economia informal."
O noticiário sobre o negacionismo do presidente brasileiro é intermitente, nos EUA e Europa devastados pelo vírus, com acréscimos diários como o texto de Jon Lee Anderson na New Yorker, "Bolsonaro, aliado próximo de Trump, minimiza perigosamente o risco de coronavírus", e até Fox News.
No francês Le Monde, "No Brasil, os evangélicos negam o perigo do coronavírus". No alemão Süddeutsche Zeitung, com foto do Cristo Redentor sobre uma favela, "Quando as gangues cuidam da sua saúde".
Mas as imagens de maior impacto do desastre do coronavírus no "mundo em desenvolvimento" são do Equador, veiculadas pelo canal de notícias russo RT:
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