Entre os jornais financeiros, que deram mais atenção no exterior, o Wall Street Journal noticiou o vídeo com título contido, "Suprema corte do Brasil permite liberação de gravação de reunião ministerial", mas o primeiro parágrafo foi mais direto:
"O Supremo deu uma pancada no presidente Jair Bolsonaro ao permitir a exibição do vídeo em que ele parece pedir ao seu então ministro da Justiça que interfira nas investigações criminais de familiares."
Na abertura do Financial Times, também com texto próprio e o enunciado "Presidente do Brasil sob mais pressão em investigação":
"A investigação sobre Jair Bolsonaro deu uma nova reviravolta com a liberação de um vídeo explosivo, que mostrou o presidente brasileiro aparentemente admitindo que tentou proteger sua família de ser 'ferrado' por investigações policiais."
A tradução de "foder" na cobertura em inglês, de maneira geral, foi "screw" ou "ferrar", mais leve do que "fuck". No New York Times, por exemplo, que recorreu à agência Reuters, "Em vídeo, Bolsonaro diz querer policiais substituídos para impedir que a família seja 'ferrada'".
Outros, mais do que o conteúdo, destacaram que Bolsonaro é "boca suja" (foul-mouthed), como a estatal BBC e o Independent (acima), do Reino Unido, ou diversos jornais europeus e pelo mundo, que recorreram à agência France Presse.
Os berlinenses Der Tagesspiegel e Die Tageszeitung também se concentraram no que o primeiro chamou de "granadas verbais" de Bolsonaro. O segundo, conhecido como taz, levou o palavrão ao título, "Não foda a minha família":
Pelo mundo, jornais como South China Morning Post, com Associated Press, e Indian Express, com Bloomberg, também ressaltaram os "palavrões" e a "retórica ardente" em seus enunciados.
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