Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

México busca ocupar vaga do Brasil no mundo; EUA reagem

País foi eleito para o Conselho de Segurança e está em campanha, em jornais pelo mundo, para chefiar OMC

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O México, que já tinha o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e era do Conselho Econômico e Social da ONU, foi eleito na quarta (17) para o Conselho de Segurança, como noticiou o Excelsior.

O Reforma ouviu de especialistas da Unam (Universidade Nacional Autônoma do México) que “é hora de recuperar a presença no exterior”, deixando para trás a marca de país “isolado”.

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, em visita a uma escola em San Agustin Tlaxiaca na quinta-feira, 18 de junho de 2020 - Reuters

Na semana passada, como noticiado por Bloomberg e outras, o México lançou o negociador de seu novo acordo comercial com os EUA para diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), após a renúncia do brasileiro Roberto Azevêdo.

Em parte para quebrar a resistência por suas “relações próximas com os EUA”, Jesús Seade já deu entrevista ao South China Morning Post, prometendo “trazer EUA e China de volta à mesa”, e vem surgindo na mídia dos Emirados Árabes às Filipinas.

MAIS SANÇÕES

Mas o México pode ter exagerado. Como divulgaram Reforma e outros mexicanos, ecoando por Associated Press e outras agências, o presidente Andrés Manuel López Obrador declarou que forneceria gasolina à Venezuela, se o país pedisse.

Ato contínuo, AMLO foi atacado em mídia social por, entre outros, um senador republicano da Flórida —e na noite de quinta, via Reuters, já apareceram as primeiras sanções dos EUA contra empresas e cidadãos mexicanos “por vínculos com a Venezuela”.

OEA & BOLSONARO CONTRA O NYT

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), o uruguaio Luis Almagro, saiu em defesa de Jair Bolsonaro e contra o New York Times, após a publicação da reportagem de capa “Ameaças de ação militar abalam Brasil”. Compartilhou carta do embaixador do Brasil em Washington, criticando o jornal, por supostamente considerá-la “de interesse público”.

Pouco depois, o mesmo Almagro soltou comunicado da OEA com ataques ao que chama de “campanha de difamação” do NYT —por reportagem anterior mostrando que “foi falho” o relatório da organização que levou à anulação das eleições na Bolívia e ao exílio de Evo Morales.

Jornalistas do NYT responderam que “o release não questiona nenhum fato”, é cheio de “hipérboles trumpianas” e se mostra parte de uma “tendência repulsiva”.

‘BRAZIL? NO GOOD’

Em longa entrevista ao Wall Street Journal, sem precisar de uma pergunta, o presidente Donald Trump voltou a usar Bolsonaro para defender a sua própria atuação no combate à pandemia:

“Nós fizemos a coisa certa. Nós fechamos. É caro, mas você não pode colocar um preço para salvar milhões de vidas. Nós salvamos milhões de vidas. Como [a estratégia de imunidade de] rebanho funcionou para o Brasil? Nada bem.”

FATO HISTÓRICO

Em resenha, o NYT elogia "Wasp Network", que estreia nesta sexta na Netflix mostrando "fato histórico pouco discutido nos EUA", o apoio persistente à revolução em Cuba. No filme, Wagner Moura (acima) consegue "mudar de juvenil para sinistro no espaço de um único quadro", escreve o crítico.

Desde o final do ano passado, quando começou a ser apresentado em festivais, "La Red Avispa" divide a cobertura, do Granma ao Miami Herald.

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