Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Xi e Bolsonaro compram cada vez mais do candidato Trump

Brasil amplia cota para importação de trigo americano e preocupa Argentina, maior fornecedora do mercado brasileiro

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A Vanity Fair leu a versão original de “The Room Where It Happened”, de John Bolton. E cita o rumoroso pedido de Trump a Xi Jinping, cortado do livro por ordem da Casa Branca: “Garanta que eu vença. Compre muita soja e trigo e garanta que nós vençamos”.

Xi vem comprando mais desde então e, em reunião dias atrás no Havaí, o enviado chinês teria concordado em intensificar as importações, como noticiou o South China Morning Post, com Bloomberg.

Nesta última semana, como destacou o argentino La Nación, Jair Bolsonaro deu mais um passo na mesma direção. Como Xi, ele havia começado a comprar mais trigo dos EUA no ano passado, no que foi descrito então como “Golpe no Mercosul” pelo Ámbito Financiero.

E agora Bolsonaro determinou que a cota brasileira para importar trigo de fora do Mercosul, sem as tarifas do bloco que defendem a produção argentina, maior fornecedora do Brasil, vai para quase o dobro do que havia prometido ao amigo americano.

No título do La Nación, “Trigo: alerta dos exportadores porque Brasil ampliou cota fora do Mercosul”. Um deles acusa ação “ilegal”.

EM CAMPANHA

Além do trigo dos fazendeiros americanos, Bolsonaro serve para Trump comparar o combate à Covid-19, em seu favor. “Pergunte a eles como estão no Brasil”, falou beirando a ironia, no comício de sábado, e citando o “grande amigo”, sem nomear Bolsonaro.

Como destacaram CNN (imagem acima), Bloomberg e outros, “o Brasil está a caminho de superar os EUA como país com o surto mais mortal no mundo”, talvez no final de julho, a três meses da eleição americana.

CHINA VS. BRASIL

O SCMP, jornal do grupo Alibaba, chamou na home a longa reportagem “Comércio China-Brasil está nos trilhos, mas tensão sobre Huawei pode ameaçar relação”.

Menciona as manifestações recentes de Bolsonaro e do chanceler Ernesto Araújo contra a empresa —e registra, citando analistas brasileiros, que Pequim poderia reagir como fez com a Austrália, com tarifas, mas Bolsonaro sabe quem “paga as contas do Brasil”.

SURPRESA

Na Forbes, “Samsung é batida pela Huawei em enorme surpresa”. No India Times, “Huawei passa Samsung e se torna a maior fabricante de smartphones do mundo”.

Foi em abril, segundo a Counterpoint Research, mas não deve durar, devido ao cerco de Washington contra a empresa chinesa.

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