Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Nelson de Sá

China se move contra minério australiano e banco londrino

Ação favorece Brasil e novos fornecedores africanos, diz SCMP; Global Times acusa HSBC de 'conspirar com EUA' contra Huawei

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

No South China Morning Post, “Posição da Austrália como maior fonte de minério de ferro da China está sob ameaça, com megaportos abertos para Brasil e África”. Quatro deles foram liberados para navios como os Valemax, da Vale, e outros de África do Sul etc.

É resposta à Austrália por se aliar aos EUA contra a China. O fim de semana trouxe também um aviso ao Reino Unido.

O Global Times, ligado ao PC chinês, publicou que o “HSBC pode enfrentar fim da linha por conspirar com EUA contra Huawei”. O banco teria forjado “com o Departamento de Justiça uma armadilha” para a diretora da empresa presa há um ano e meio no Canadá.

Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei, deixa a casa onde cumpre prisão domiciliar em Vancouver, no Canadá, para ir a uma audiência em 27 de maio de 2020 - Reuters

O HSBC postou mensagem ao público chinês no WeChat, insistindo não estar envolvido nas ações contra Meng Wanzhou. Virou manchete no Financial Times, com a foto acima e lembrando que 80% dos lucros do banco “sediado em Londres” vêm da Ásia.

Em título, o Global Times descreveu a mensagem do HSBC como de alguém que “se debate no leito de morte”.

CONTRA POMPEO

Presidente do Council on Foreign Relations, porta-voz do establishment de política externa dos EUA, Richard Haass escreveu no Washington Post que o secretário de Estado, Mike Pompeo, “deturpa a história” ao dizer que o objetivo da aproximação com a China, há 50 anos, era torná-la uma democracia. “Era usar a China como contrapeso à União Soviética, não mudar sua natureza interna.”

Também agora, acrescenta, cabe “ao povo chinês e seus líderes determinar” o que fazer.

MUSK & GOLPE

Coberto de louvores por Trump e New York Times, o bilionário Elon Musk, dono da Tesla, se viu criticado no Twitter pela derrubada de Evo Morales na Bolívia, “para obter o lítio” para os carros. Reação de Musk:

“Vamos dar golpe em quem quisermos!”

LULA LÁ

Quase ao mesmo tempo em que Musk tuitava, Lula entrou no ar na Al Jazeera para falar, no destaque do canal:

“Os Estados Unidos sempre estão por trás das mudanças de regime na América Latina.”

MORO LÁ

O FT volta a ouvir Sergio Moro, sob o título “Impulso anticorrupção patina sob Bolsonaro, diz ex-ministro”. O jornal não pergunta das ações recentes da Lava Jato contra tucanos, mas o questiona sobre a “reputação danificada” pelas revelações do Intercept. Resposta:

“Não reconheço a autenticidade dessas mensagens.”

EM GUERRA

O NYT de domingo dedicou capa e quatro páginas para a reportagem fotográfica "O Amazonas, que dá vida, espalha a pandemia", com imagens de Tyler Hicks, premiado fotojornalista de guerras. Acima, ele retrata José Rocha, 62, sendo levado de sua casa perto de Manaus.

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.