Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Londres diz vetar Huawei, mas estica o prazo o mais que pode

País 'pode removê-la completamente apenas em 2027', comenta editor chinês, e 'poderá haver mudanças antes disso'

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Caixin Global, South China Morning Post e outros chineses manchetaram o anúncio inglês de veto à Huawei no 5G como resultado de “meses de pressão do governo Trump”.

Nos EUA, New York Times, Washington Post e Wall Street Journal foram além, destacando na home ter sido “uma vitória para o governo Trump” ou "para os EUA".

Já os londrinos Telegraph, Guardian e Financial Times evitaram citar a pressão de Trump —ou os EUA— em suas páginas iniciais. E levaram aos enunciados que a empresa deixaria a rede “até 2027”.

O Times de Londres logo mudou a manchete para “Boris Johnson enfrenta rebelião no partido por atraso sobre Huawei”, referência aos sete anos até o veto valer para o 5G, de fato. Para as redes 3G e 4G, nem isso.

Editor do chinês Huanqiu/Global Times, Hu Xijin comentou, via Twitter: “O Reino Unido pode removê-la completamente apenas em 2027, o que indica que é difícil deixar a Huawei. Poderá haver mudanças antes disso”.

HUAWEI SUPERA

A submanchete digital do Caixin também era sobre a Huawei, que “supera apostas com crescimento no primeiro semestre”. No japonês Nikkei, “Receita da Huawei cresce 13% no semestre apesar da pressão dos EUA”.

E a Bloomberg publicou que a “China está vencendo a guerra de trilhões de dólares do 5G”. Descreve como a sua política industrial pós-pandemia deve levá-la a “dominar a produção de todas as coisas 5G”.

TESOURO CHINÊS

De segunda para terça, no alto da home, o WSJ chamou para as reportagens: “Investidores acham novo porto seguro: títulos públicos chineses”; “GM batalha para recuperar terreno na China”, que consumia “metade de suas vendas globais”; e “Importações e exportações chinesas se recuperam à medida que o vírus desaparece na segunda economia do mundo”, sublinhando serem “importações agrícolas dos EUA”.

‘DESAFIANDO’

Após sair por sites setorizados como Oil Price, que acompanham o tema há tempos, o NYT produziu a reportagem “Desafiando EUA, China e Irã estão perto de parceria comercial e militar”.

O acordo é discutido desde 2016 e ainda nem chegou ao parlamento iraniano, mas a ex-embaixadora de Trump na ONU Nikki Haley, tida como futura presidenciável, dispara alarmes na linha “China acaba com isolamento global do Irã”.

SOB A GUARDA

Em despacho da Associated Press (acima), por NYT, WP e vários outros, "À medida que vírus se espalha, laços de Bolsonaro com militares se tensionam".

A extensa reportagem ouve pelo menos dois generais e um brigadeiro. E ressalta que "quase metade do ministério agora é de ex-militares" e que a pandemia "matou mais de 70 mil, a maioria sob a guarda do general" que assumiu a Saúde.

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