O podcast The Daily, do New York Times, dedicou sua meia hora para “O que deu errado no Brasil”, na pandemia. O correspondente no Rio, Ernesto Londoño, relatou as ações e declarações de Jair Bolsonaro desde o princípio.
“O Brasil tinha o preparo, tinha um histórico de resposta decisiva aos desafios em saúde”, falou, citando Zica e Aids, mas desta vez “não montou uma resposta coerente”. Bolsonaro “impediu adotar um plano que fizesse sentido e, no fim das contas, não houve controle do vírus”.
O podcast fez largos elogios ao SUS, “serviço público de saúde robusto e sofisticado” que venceu as crises anteriores de saúde e poderia ter feito o mesmo, agora.
Já o correspondente do Washington Post, Terrence McCoy, publicou a reportagem “Devastado pelo coronavírus, Brasil se torna o principal campo de testes para vacinas”, de laboratórios como o britânico AstraZeneca e o chinês Sinovac. No primeiro parágrafo do texto:
“O surto praticamente descontrolado, o segundo pior do mundo e em alta, está fazendo do Brasil um campo de provas para pesquisas que correm para encontrar uma vacina.”
OS FLAUTISTAS
A frase saiu dias atrás, no London Review of Books: “Jair Bolsonaro, Donald Trump e Boris Johnson: homens que você não encarregaria de conter um surto de acne”.
Partindo dela, o britânico Financial Times publicou a análise “Os políticos que atuaram mal na crise”, ilustrada com uma imagem do primeiro-ministro como o flautista de Hamelin (acima) e enfatizando como os três seguiram apertando mãos e sem máscara em público.
EUROPA & AMAZÔNIA
Alemães da revista Der Spiegel aos jornais Bild e Die Zeit destacam as “Maiores queimadas na Amazônia em 13 anos”.
E o francês Le Monde publica “Desmatamento: Casino é implicado no Brasil”, reportando que o grupo de supermercados “não controla suficientemente a origem da carne que comercializa”.
DESDE 1901
Da Bloomberg, com chamada no portal Drudge Report, “América Latina caminha para queda mais profunda desde pelo menos 1901”, quando começou a coleta de “dados confiáveis” de economia. O Banco Mundial já vê “retrocesso no avanço feito no combate à desigualdade e à pobreza”.
Na Economist, na mesma linha, "Uma tragédia econômica latino-americana".
4 DE JULHO
A versão filmada de "Hamilton", musical festejado por liberais e também conservadores nos EUA, estreia nesta sexta (3) no streaming Disney+, novamente sob elogios fartos da crítica, agora de cinema.
Em transmissão anterior de cena pela televisão, durante o Tony de 2016, a produção da Broadway, que retrata a Guerra da Independência, havia retirado as armas, mas elas estão de volta (acima).
O filme só deve chegar oficialmente ao Brasil no final do ano, quando a Disney informa que deverá lançar seu serviço de streaming no país. Ele já está disponível na Europa, Índia e Canadá.
Outros vídeos no canal da Disney no YouTube.
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