Abrindo o final de semana, o New York Times destacou a decisão de Donald Trump de que "alguns testes de coronavírius podem passar por cima do escrutínio da FDA", a agência de saúde dos EUA.

A medida "alarmou" especialistas e funcionários da própria FDA, que já vinham lidando antes da pandemia com a pressão de "laboratórios comerciais" e outros contra a supervisão da agência.

Sábado e domingo, Trump escancarou o que busca. Com tuítes presidenciais, agências e jornais como Financial Times, o portal Drudge Report deu manchetes seguidas para seu ataque eleitoral à FDA, por "atrasar vacina".

"Quer antes da eleição!", destacou o site, linkando a notícia de que a pressão chegou ao laboratório anglo-sueco AstraZeneca e à Oxford, que poderiam ter sua vacina liberada já em outubro.

Europeus como o Frankfurter Allgemeine Zeitung criticam o "atalho perigoso da América para a vacina".

COVID VAI MATAR O POPULISMO?

O colunista Martin Wolf abordou perto de duas semanas atrás, em vídeo do Financial Times, se a "Covid vai matar o populismo", concluindo que era "cedo" para responder.

Agora a Atlantic acha que dá para responder que "a pandemia não é sentença de morte para o populismo" (imagem acima).

EMBUSTE

O livro sobre a Fox News escrito por Brian Stelter, da CNN, ex-NYT, sai só nesta terça (25), mas já se espalhou pela cobertura americana no fim de semana.

"Hoax", embuste, com subtítulo para a "distorção da verdade", tem revelações como as muitas vezes em que Sean Hannity, âncora mais próximo de Trump, o descreveu como "louco" —destaque de trecho publicado na Vanity Fair.

Também o pedido do secretário William Barr para Rupert Murdoch, dono da Fox News, "calar" um comentarista crítico de Trump, ao que parece com êxito —destaque do Guardian.

'FOX’S FRANKENSTEIN'

Nas resenhas de "Hoax", o NYT criticou o livro de Stelter por não responder "por que a demagogia desenfreada do canal é tão atraente".

Já a colunista de mídia do Washington Post, Margaret Sullivan, elogiou o livro por mostrar o peso que o "Frankestein da Fox" impõe sobre os jornalistas da própria Fox.

ESTADO DE VIGILÂNCIA

Na revista do MIT (acima), "Brasil está escorregando para o tecno-autoritarismo", com a concentração de dados no governo Bolsonaro.