Em meio à crescente guerra fria entre EUA e China, o Twitter anunciou em seu blog que passou a acrescentar etiquetas identificando uma série de perfis como "mídia afiliada ao Estado".
Inicialmente, vai se restringir aos membros do Conselho de Segurança da ONU: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
O rótulo é voltado a "contas de autoridades chave do governo, inclusive ministros do exterior, entidades institucionais, embaixadores, porta-vozes oficiais e líderes diplomáticos chave".
A conta de Donald Trump (@realdonaldtrump), com 84,7 milhões de seguidores, não será afetada. Só aquela oficial (@potus), com 31 milhões, voltada mais a retuítes.
Sobre imprensa, a mudança visa, segundo a plataforma, "contas que pertençam a entidades de mídia afiliadas ao Estado, seus editores-chefes e/ou funcionários seniores". A partir de agora, elas serão vetadas nas páginas iniciais (home), notificações e buscas dos usuários.
Vale para Global Times (acima) e RT, veículos de Pequim e Moscou com maior repercussão, mas não para Voice of America (acima) ou Radio Free Europe, financiados por Washington —como havia adiantado um porta-voz do Twitter ao site Politico.
A britânica BBC fica sem etiqueta, inclusive World Service, de acordo com o blog do Twitter, porque a plataforma avalia ser "organização de mídia financiada pelo Estado com independência editorial". Também o serviço mundial francês, RFI.
Ainda na China, o perfil do financeiro Caixin foi rotulado, e o South China Morning Post, não.
A Central de Ajuda do Twitter já tem um detalhamento, em português.
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