Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Bolsonaro faz campanha em Iowa, com dinheiro do Brasil

Governo estende importações de etanol; 'alguns Estados produtores são fundamentais para Trump', explica Reuters

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Repercutiu em veículos da China à Argentina e, de maneira mais ampla, num despacho da agência Reuters: “Brasil estende as importações de etanol sem tarifa”.

Era o que cobrava o lobby de Iowa, como evidenciou o noticiário americano do setor agrícola, ao longo da semana anterior. Já o lobby brasileiro, também noticiado nos sites, se levantou contra e perdeu.

“Alguns Estados produtores de etanol são fundamentais para a candidatura de Donald Trump à reeleição em novembro”, esclareceu a Reuters.

Era o que queria o embaixador americano, com argumentos que haviam revoltado parlamentares democratas e o New York Times (foto acima). Talvez pela controvérsia, Trump acabou não festejando no Twitter.

Mas divulgou nova promessa, de misturar mais etanol na gasolina, cedendo aos apelos da senadora republicana Joni Ernst, que está empatada com uma democrata em Iowa, segundo a Bloomberg.

Trump, que teve 9,4 pontos de vantagem há quatro anos, está só 1,7 à frente de Joe Biden nas pesquisas no Estado.

‘WHAT'S GOING ON?’

O britânico Financial Times manchetou a volta dos testes da anglo-sueca AstraZeneca sem citar que não valia para os EUA. NYT e Wall Street Journal destacaram já nos títulos que a retomada era “no Reino Unido”, que eles “seguem pausados” nos EUA.

“A AstraZeneca não ofereceu nenhuma informação para sustentar a decisão”, apontou o NYT, ouvindo de especialista que “o público tem o direito de saber o que está acontecendo”. A reportagem lembrou que o laboratório tem “acordo de bilhões com o governo dos EUA”.

'WILD HYPE'

No título de longa análise do site Politico, sobre a vacina da AstraZeneca, “Do hype selvagem para a sóbria realidade”.

CHINA TAMBÉM

Os jornais americanos seguem questionando os laboratórios chineses. “China injeta centenas de milhares com vacinas experimentais”, no WSJ. “China promove suas vacinas para ganhar amigos”, no NYT.

BRASIL DERROTADO

No WSJ, com link e foto no Drudge Report, “Covid derrota o Brasil, mas seu líder está mais popular que nunca”. Logo abaixo, explica que foi porque o “governo distribuiu dinheiro aos pobres como ajuda na pandemia”.

ALGORITMO, NÃO

A dois dias do prazo dado por Trump para o aplicativo chinês, o WSJ noticiou e o Washington Post logo confirmou que o TikTok escolheu a Oracle, empresa considerada próxima da Casa Branca, como "parceira tecnológica de confiança" nos EUA, num negócio que "provavelmente não será de venda total".

Segundo o South China Morning Post, não inclui o algoritmo.

PS 5h - O site do canal de notícias CGTN, da rede chinesa CCTV, vai além: "A CGTN Digital soube de fontes que a ByteDance não venderá as operações da TikTok nos EUA para a Oracle".

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