O New York Times reporta que a vacina do laboratório AstraZeneca está “sob fogo” por causa da “recusa da empresa em fornecer detalhes sobre doença neurológica grave em duas mulheres”.
Foram dois casos de mielite transversa, afirma o jornal, entre os 8 mil participantes britânicos dos testes. A doença só afeta, por ano, “um em 236 mil americanos”.
Mais um caso e a vacina “está acabada”, diz especialista. Outro vê “a retomada rápida dos testes” após o segundo caso, em países como Reino Unido e Brasil, como “perturbadora”. Eles seguem suspensos nos Estados Unidos.
VACINA GEOPOLÍTICA
Washington Post e Wall Street Journal chamam a atenção, com extensas reportagens, para os acordos fechados por China e Rússia para distribuir as respectivas vacinas. No título do WP, os dois países “estão à frente na corrida global”, em “desafio geopolítico aos EUA”.
Os jornais americanos enfatizam Oriente Médio e América Latina. A lista vai de Emirados Árabes, Arábia Saudita e Egito a Brasil, Argentina e México. Para as vacinas chinesas, também Indonésia, Paquistão e outros. Para a russa, a Índia.
ORGULHO ALEMÃO
Já o Handelsblatt destaca que o laboratório “Biontech quer produzir a primeira vacina contra coronavírus em todo o mundo”. O jornal financeiro alemão vem dando manchetes para “a grande corrida” em que “o orgulho da pesquisa alemã são Curevac e Biontech”.
O WSJ começou a dar atenção ao crescente investimento de Berlim.
ANTES, WANG YI
Na mesma sexta (18) em que foi ver o secretário americano Mike Pompeo, o chanceler Ernesto Araújo falou com o ministro chinês do exterior, Wang Yi. Da agência Xinhua, por Baijiahao e outros portais chineses:
“Observando que o Brasil atribui grande importância à relação com a China, Araújo disse que o Brasil está pronto para aprofundar a cooperação prática em investimento e economia digital e fortalecer a coordenação em assuntos internacionais e regionais, de modo a impulsionar a parceria estratégica a um novo nível.”
LULA LÁ
O ex-presidente falou à maior rede chinesa, CCTV (acima), que ressaltou a crítica de Lula a Pompeo, dizendo que o americano “não tem direito de apontar o dedo” para a Venezuela. Ecoando por Huanqiu, Sina e outros chineses, descreveu a “provocação” feita em Roraima como “desrespeito ao Brasil e sua soberania”.
Com reprodução por diversos portais, o petista falou também à agência Reuters, que destacou a declaração: “Eu estarei disposto a apoiar qualquer candidato que tenha compromisso com o povo trabalhador contra o Bolsonaro. Não precisa ser do PT”.
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