Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu google Facebook

Acuados nos EUA, Facebook e Google veem brecha na China

Por duas semanas, browser-app permitiu acesso dos netizens chineses a YouTube, Instagram e outros

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A proposta da Câmara americana, de dividir em pedaços os gigantes Google, Amazon, Facebook e Apple, avança aos poucos, sob o noticiário tomado pela eleição e pela Suprema Corte.

O Wall Street Journal publicou longa análise em resposta ao Facebook, que havia argumentado que sua fusão com Instagram e WhatsApp já seria “complexa demais para romper”. Ouve de especialistas que é possível dividir, sim, em um ano ou dois.

O site Politico foi além e noticiou que o Departamento de Justiça, num movimento anterior ao da Câmara, estuda propor em semanas uma ação para forçar a venda, pelo Google, do browser Chrome e de partes de seus negócios de publicidade.

Por outro lado, Bloomberg e o site chinês de tecnologia Abacus informam que Pequim fez “experiência silenciosa”, permitindo o acesso de milhões a sites como YouTube, do Google, e Instagram, sem precisar recorrer a VPN.

Durou apenas duas semanas, até sábado (10). O browser Tuber (acima), da maior empresa de segurança digital do país, Qihoo 360, podia ser baixado via loja da Huawei e outras. Viralizou na sexta, ao ser anunciado no WeChat.

“Pequim está cada vez mais confiante no apoio interno após anular com sucesso a Covid”, avaliou a Bloomberg, citando ainda a necessidade de dar condições semelhantes às que a China defende, nos EUA, para WeChat e TikTok.

NYT VS. NYT

Em longa reportagem, o Washington Post detalhou a “guerra cultural de um ano” em torno do Projeto 1619, do New York Times —que culminou com um colunista conservador do próprio jornal proclamando, no fim de semana, que ele “fracassou”.

É um material, de início um caderno, mostrando como a escravidão moldou o país. Desde então, foi criticado por historiadores e atacado por Donald Trump.

O editor do NYT, Dean Baquet, defendeu em nota a repórter dos questionamentos “éticos” levantados, não na Redação, mas em Opinião, setor à parte. Também o publisher A. G. Sulzberger, no serviço interno de mensagens, Slack: “É um triunfo jornalístico que mudou a forma como milhões de americanos entendem nosso país”.

Diante da série de conflitos internos, outros veículos, como o Axios, sugerem ao jornal voltar com o "editor público", ombudsman.

INFERNO

Com mapa das queimadas, a partir da Nasa (acima), e fotos de animais mortos no Pantanal, o NYT mostrou como "A maior área úmida tropical do mundo virou um inferno", enquanto o noticiário estava voltado aos incêndios na Califórnia.

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