Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Biden não vai 'segurar os socos' em confrontos com Bolsonaro

Eleito, democrata abandonaria Doutrina Monroe na América Latina, mas jogaria duro na Amazônia

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Ainda ecoa o apoio de Jair Bolsonaro a Donald Trump, com o Washington Post destacando o brasileiro, inclusive na foto principal (abaixo), entre os “populistas de direita” que se pronunciaram pela reeleição.

E o New York Times levantou, junto a diversos assessores do democrata, os “planos de Joe Biden para a América Latina”, resumidos sob o título “Acabar com a política de bullying”, inclusive em relação a Cuba e Venezuela.

Reuters

Em outras palavras, “os EUA aposentariam de novo a Doutrina Monroe, uma política do século 19 segundo a qual Washington afirmava que as Américas eram sua esfera de influência exclusiva”.

Mas “há uma questão sobre a qual Biden parece inclinado a jogar duro, a mudança do clima”, ou seja, o desmatamento. Segundo um dos assessores, “ele não vai segurar os socos”, não vai hesitar, “em desafiar Bolsonaro”.

HUAWEI PODE?

“Se Biden vencer, Bolsonaro perde aliado chave em comércio e clima”, despachou a Reuters. Por outro lado, a agência ouve de Eric Farnsworth, vice da organização Americas Society/Council of the Americas, que, “com Biden na Casa Branca, países como o Brasil que fazem negócios com a Huawei não serão cortados”.

ISRAEL & VACINA CHINESA

Jerusalem Post e outros noticiam que o “Mossad trouxe vacina chinesa de coronavírus para Israel”, citando “múltiplas fontes governamentais”, que apontam “esforços diplomáticos nos bastidores”. O serviço de inteligência já havia atuado na compra de máscaras e respiradores.

O jornal explica que as autoridades evitam tratar da “compra de uma vacina da China publicamente” para não “complicar as coisas com os EUA”.

EM BUSCA DE NOVOS FORNECEDORES

O South China Morning Post publica que o “cancelamento do acordo da Coronavac por Bolsonaro é outra briga em torno da influência dos EUA e da China” no país.

E acrescenta, noutro texto, que a “China começou a comprar soja da Tanzânia na busca de novos fornecedores”, visando “reduzir a dependência” do Brasil. A produção tanzaniana é pequena para tanto, mas outros países da África com tais acordos já "incluem Quênia (café), Etiópia (café e soja), Namíbia (carne bovina) e Botsuana (carne bovina e derivados)”.

Ainda no SCMP, em seis meses, desde que o governo da Austrália se voltou contra Pequim, a China adotou medidas contra a importação de "cevada, carne bovina, vinho, carvão e algodão australianos".

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