A aprovação de Jair Bolsonaro no Ibope está menor em 23 das 26 capitais, com as eleições, mas o que ecoa fora do Brasil é um despacho do New York Times dizendo ainda que a sua "popularidade cresce" —com base em pesquisa de dois meses atrás.
Já passou pela rede de rádio NPR e chegou ao Washington Post, em coluna que arrisca a partir disso que o brasileiro, na extrema direita, "talvez seja agora o mais proeminente do Hemisfério Ocidental", das Américas. Na Europa, os extremistas enfrentam "maré baixa".
A Economist até repisa o NYT, de passagem, mas para destacar que "o futuro de Bolsonaro" está em xeque devido à economia:
"A dívida pública caminha para 100% do PIB, número grande para um país com histórico de inadimplência e inflação. A austeridade parece inevitável no próximo ano. A renda per capita já caiu. Muitos brasileiros estão sofrendo. Som e fúria não pagam as contas."
DESTINO COMUM
O NYT destaca artigo do papa Francisco, "líder da Igreja Católica e bispo de Roma", com a ilustração acima. Ele recorda outra experiência de "limite, dor e solidão" que viveu em Buenos Aires, aos 21 anos, quando a enfermeira "irmã Cornelia Caraglio salvou minha vida". Diz que "a pandemia expôs o paradoxo de que, embora mais conectados, estamos mais divididos". E conclui:
"Para sairmos melhores deste crise, temos que recuperar a compreensão de que, como povo, temos um destino comum."
JOE BIDEN & CUBA
Segundo o WP, "Biden quer reanimar relações com Cuba", mas "sem ceder a Flórida para os republicanos em 2024". Para tanto, "aposta na restauração dos voos e das remessas" de dinheiro dos cubanos de Miami para seus familiares.
CUBA LIDERA
Em meio aos "press releases" dos laboratórios de EUA e Europa, a Reuters despachou de Havana a extensa reportagem "Cuba lidera corrida pela vacina na América Latina". Abrindo o texto:
"Enquanto pesos pesados como Brasil e México disputam contratos de fornecimento com grandes fabricantes de remédios, a Cuba comunista já tem duas de suas próprias vacinas em testes clínicos."
INCRÍVEL
Com a foto acima, de Walter Delgatti Neto em Araraquara, solto há um mês, a nova Wired publica longo perfil do hacker que expôs Deltan Dallagnol e Sergio Moro na chamada Vaza Jato.
"Eu deveria ser saudado como herói, não rotulado de criminoso", diz Delgatti. "Uma leitura incrível", recomendou Edward Snowden.
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