Foi preciso um tuíte da cantora Rihanna, com imagem do protesto dos agricultores indianos em Nova Déli, perguntando: “Por que nós não estamos falando disto?”.
New York Times, Atlantic e outros falaram no dia seguinte, concentrando a atenção menos nos agricultores e mais no “temor” de que o primeiro-ministro Narendra Modi esteja adotando um “padrão” antidemocrático —que abrange “sufocar vozes opositoras, bloquear a internet e reprimir jornalistas”.
Destaca o caso da plataforma americana Twitter, que suspendeu contas de dezenas de jornalistas por ordem de Modi e, sob críticas, acabou voltando atrás.
O colunista de mídia do NYT chamou a atenção para o fato “incrivelmente importante” de que o governo indiano agora está ameaçando prender funcionários da plataforma por sete anos, se não suspenderem as contas.
O Twitter poderia “seguir o caminho do TikTok”, ou seja, acabar banido da Índia.
CANCELAMENTOS
Segundo a estatal alemã Deutsche Welle, o presidente da Ucrânia “baniu três emissoras de TV da oposição” pró-russa.
E, segundo a estatal qatari Al Jazeera, o governo britânico, que já havia tirado do ar a estatal iraniana PressTV, tirou agora a estatal chinesa CGTN. “Pouco depois”, o governo chinês fez ameaças à estatal BBC.
AS DEMOCRACIAS DE BIDEN
Ao lançar sua política externa nesta quinta (4), segundo o Wall Street Journal, o presidente americano citou como aliados "Canadá, México, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, Coreia do Sul e Austrália", mas não a Índia nem o Brasil.
Foi ao anunciar que pretende "reconstruir a força das alianças democráticas que atrofiaram nos últimos anos de negligência e abusos", de Trump.
BIDEN NA CHINA
O South China Morning Post destacou, do discurso de Biden, que ele “chamou a China de ‘competidor mais sério’ dos EUA”. Também que prometeu “enfrentar diretamente os desafios colocados” por Pequim à “nossa prosperidade, segurança e valores democráticos”.
Mais cedo, o SCMP noticiou que o Departamento de Estado dos EUA, em resposta sobre Taiwan, disse que mantém a política de uma só China.
AMÉRICA PRIMEIRO 2
A Atlantic levou à manchete a "Estratégia de vacina América Primeiro de Biden" (acima), dizendo que ele "reverteu muitas das políticas isolacionistas" de Trump, mas até ampliou a primazia sobre as vacinas, decretada em dezembro.
"Longe de apoiar uma distribuição mais equitativa em todo o mundo, os EUA sob Biden continuam a miná-la", criticou.
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