Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Coronavírus

Índia e Europa se preparam para produzir vacina russa

Washington Post e outros noticiam que EUA pressionaram governo brasileiro a não comprar a Sputnik V

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O jornalista britânico John McEvoy publicou, no domingo (14), "Washington pressionou Brasil a não comprar 'maligna' vacina russa", no site Brasil Wire, linkando a íntegra de um relatório dos EUA.

Na terça (16), o Washington Post levou ao alto da home a notícia do "reconhecimento surpreendente", pelo relatório, da pressão sobre o governo Jair Bolsonaro —ele que, também na terça, tuitou a compra de doses da Sputnik V.

No alto do Washington Post, 'Autoridades dos EUA pressionaram Brasil a rejeitar vacina da Rússia, de acordo com relatório do Departamento de Saúde' americano - Reprodução

Ecoaram o relatório a russa Tass e a alemã Deutsche Welle. E a Bloomberg ouviu do porta-voz do Kremlin que, "em muitos países, a escala de pressão é sem precedentes".

"Uma autoridade americana", acrescentou a Bloomberg, "distanciou o governo Biden do relatório, emitido por seu antecessor, e disse que os EUA não estão em posição de desencorajar o Brasil ou outros países" de aceitar vacinas.

Não é só o Brasil que está se abrindo para o imunizante russo.

Frankfurter Allgemeine Zeitung e outros alemães noticiam que já haveria acordo para produzi-lo no país. Também a Suécia encaminha fabricação local, segundo o Dagens Nyheter. Agências como AFP e Reuters acrescentam outros europeus que produziriam, inclusive França, Itália e Espanha.

E o Economic Times, entre outros indianos, destacou que as farmacêuticas Gland Pharm e Hetero, da Índia, fecharam contratos para produzir mais de 350 milhões de doses da Sputnik V.

CHINA 'GANHANDO'

O New York Times publicou na primeira página impressa, em duas colunas, "China está fornecendo vacinas para a América Latina e ganhando vantagem". Uma "vantagem enorme".

Em tom de alarme, concentra-se no Brasil, que "mudou repentinamente de postura" em relação à China e à Huawei. O texto termina dizendo que, para ter acesso à vacina, o Paraguai estaria perto de tirar seu apoio diplomático a Taiwan.

Já ecoa no Departamento de Defesa, no Comando Sul, voltado à América Latina.

MÍDIA & ASTRAZENECA

Na home do Le Monde, da França, um dos países que suspenderam a vacinação com o imunizante britânico, "Mídia britânica defende AstraZeneca", listando BBC, Telegraph etc.

SEM OS EUA

Com a resistência crescente à AstraZeneca, da Europa à Indonésia e ao Congo, a Reuters questionou o governo americano quando sai a avaliação para a vacina —aprovada pelo governo britânico em dezembro. "Cerca de um mês" foi a resposta.

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