Nos Estados Unidos, no final de domingo, a manchete do Drudge Report ainda era o “Pesadelo brasileiro”, um “Risco para o mundo”, linkando Associated Press e uma ampla reportagem do Wall Street Journal, enfatizando a cepa brasileira, P1.
Outros foram pela mesma linha no fim de semana, com o New York Times chegando a dar manchete online na tarde de sábado para os “hospitais sobrecarregados” devido, antes de mais nada, a “uma variante contagiosa”, a P1.
Mas o mesmo NYT levou ao alto da home, no domingo, que os “Casos voltam a subir nos EUA”. Responsabilizou, antes de mais nada, “a variante que atingiu o Reino Unido, chamada B.117”, a mesma que “levou a uma nova onda de casos na Europa”.
Devido à agressividade da cepa britânica, que se tornou “dominante”, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou dias atrás que a Europa enfrenta agora “basicamente uma nova pandemia”.
O NYT publicou que “cientistas alertam que ela pode levar a uma nova onda nos EUA” e cita, de um epidemiologista de Harvard, que “a B.117 é assustadora”.
O jornal destaca a Flórida, onde “a variante mais contagiosa identificada no Reino Unido está crescendo exponencialmente”, mas Nova York também enfrenta alta, como ressaltou o Financial Times no início da noite.
RELAXAMENTO PREMATURO
O salto inesperado nos casos já havia sido informado pelo governo americano na sexta, mas foi uma entrevista à CBS no domingo, de Anthony Fauci, principal assessor médico da Casa Branca, que disparou o alarme. Ele afirmou que é “prematuro” derrubar as restrições, como vários estados começaram a fazer.
‘UMA HISTÓRIA DE ESCRAVIDÃO - E ESPAÇO’
No Washington Post, o correspondente Terrence McCoy foi a Alcântara, no Maranhão, e produziu extensa reportagem multimídia com o título acima. Em suma, como legendado nas fotos:
“Os Estados Unidos querem lançar foguetes no Brasil. Isso pode significar a expulsão de vários milhares de descendentes de escravos."
SANTUÁRIOS AMAZÔNICOS
Em reportagem bancada pela Iniciativa Norueguesa Internacional para o Clima e Florestas, o NYT relatou no domingo a história do piloto Antônio Sena, que caiu com seu pequeno avião na Amazônia e passou 36 dias na floresta, até ser resgatado.
“Uma história que parou os brasileiros”, publica o jornal, “e que chamou a atenção para a indústria de mineração ilegal no Brasil, que floresceu em territórios indígenas e noutras partes da Amazônia que deveriam ser santuários”.
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