O primeiro-ministro do Japão viajou a Washington, onde "vai encarar perguntas sobre como confrontar a China", publicou o New York Times no alto da home —em meio à pressão americana para Yoshihide Suga aceitar uma menção a Taiwan.

Antes de ir se encontrar com Joe Biden, Suga arrancou o apoio dos EUA para o Japão despejar a água contaminada de Fukushima no Pacífico, o que deixou os vizinhos em polvorosa, sobretudo a Coreia do Sul.

Jornais coreanos como Chosun e o econômico Hankyung destacaram a reação do presidente Moon Jae-in, dizendo que vai processar o Japão em corte internacional pelo plano "totalmente inaceitável". Também os protestos diante da embaixada e até os cartazes que surgiram nos mercados coreanos, garantindo não vender peixe japonês.

A Coreia do Norte também atacou o plano do Japão, segundo o Hankyung, assim como os vizinhos maiores China, em cobertura agressiva dos jornais de Pequim, e Rússia.

De acordo com o NYT, até mesmo "Taiwan levantou fortes objeções", porém "os EUA saíram em defesa do plano" japonês, com o secretário de Estado, Antony Blinken, tuitando elogios —e sendo criticado por, entre outros, Hu Xijin, editor do Global Times.

GODZILLA OU YURUKARA?

O canal russo RT apelou a Godzilla para criticar a decisão do Japão de despejar a água de Fukushima no oceano (acima, à esq.).

Já o governo japonês fez um vídeo mostrando o material radiativo que será mantido na água como Yurukara, um personagem "bonitinho", na ironia do coreano Chosun (dir.).

XI, MERKEL & MACRON

A cúpula virtual sobre mudança no clima organizada por Biden é na próxima semana e nesta sexta o chinês Xi Jinping, a alemã Angela Merkel e o francês Emmanuel Macron se reúnem para, no dizer de DPA e outros, "coordenar". A agência alemã e jornais como South China Morning Post dão a entender que Xi deverá participar da cúpula da Casa Branca, mas não houve confirmação ainda.

Caixin e outros acompanham também a negociação de John Kerry, enviado de Biden, com seu colega Xie Zhenhua, em Xangai.

PFIZER TAMBÉM

NYT, Washington Post e outros não deram atenção, mas o Drudge Report levou à manchete o enunciado "Pfizer: terceira dose será necessária", linkando o canal econômico CNBC.

O CEO da farmacêutica americana afirmou há duas semanas, mas a emissora só transmitiu agora, que "provavelmente haverá necessidade de uma terceira dose entre seis e 12 meses" após as primeiras.