Sob o título "Resposta ‘genocida’ de Bolsonaro à Covid levou à catástrofe brasileira, diz Dilma Rousseff" (abaixo), com chamadas no alto das várias versões de sua home, o britânico The Guardian traz neste sábado uma extensa entrevista com a ex-presidente.
O jornal, que agora descreve seu impeachment como "polêmico", destaca seguidas vezes uma frase de Dilma: "Nós estamos à deriva num oceano de fome e doença... É de fato uma situação totalmente extrema o que estamos testemunhando no Brasil".
Outro trecho: "Estamos vendo 4.200 mortes por dia e tudo sugere que, se nada mudar, chegaremos a 5.000. No entanto, está em andamento uma normalização absolutamente repulsiva dessa realidade".
Segundo a ex-presidente, "parte do nível de mortes se deve fundamentalmente a decisões políticas incorretas, que ainda estão sendo tomadas" por Bolsonaro.
BARBÁRIE
Em entrevista à alemã Der Spiegel, o ex-ministro da Justiça de Dilma, José Eduardo Cardozo, vai pela mesma linha, chamando a atenção da comunidade internacional para a "ameaça ao mundo" representada por Bolsonaro, "Está acontecendo uma barbárie aqui", diz.
Em podcast, a revista explica "por que o Brasil é o país mais perigoso do mundo", hoje.
INFERNO EM FÚRIA
Neste fim de semana, repercute por agências como Reuters e sites de Washington como Axios a reação do presidente brasileiro à CPI e o alerta da Organização Mundial da Saúde para a gravidade do quadro no Brasil. Diz Bruce Aylward, assessor sênior da OMS (vídeo abaixo):
"O mais importante a fazer agora são as etapas comprovadas, que sabemos que irão desacelerar esse vírus. O que você está lidando aqui é com um inferno em fúria de uma epidemia."
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