Entre os principais jornais americanos, só o New York Times persistiu mais com a cúpula na manchete online, "Biden compromete EUA a reduzir pela metade as emissões". Logo abaixo, sublinhava que Xi Jinping não assumiu "novos compromissos".
O Wall Street Journal, que já havia noticiado a redução, demorou para dar atenção, priorizando os dados de emprego. E o Washington Post logo deixou o encontro para trás, voltando ao caso do policial condenado por matar George Floyd.
O Drudge Report nem chegou a dar manchete ou foto, preferindo ressaltar o míssil sírio que quase atingiu uma usina nuclear israelense e o contra-ataque.
Também a TV americana, no que foi possível acompanhar, evitou cobertura mais extensa, com CNN e Fox News privilegiando o caso Floyd e temas políticos nacionais.
E o site Politico, de Washington, destacou um colunista conservador criticando o "overhype", o exagero em torno do encontro, porque não há como garantir nada:
"A própria promessa dos EUA não é confiável. Ela sobreviveria a um Congresso republicano, talvez já no ano que vem?"
TESTE DE CREDIBILIDADE
Também na Alemanha, no momento em que os governantes falavam, inclusive Angela Merkel, nada de manchete no FAZ, no Süddeutsche Zeitung e no Handelsblatt, todos com outras prioridades.
O mesmo aconteceu do russo Kommersant ao inglês Financial Times, com o francês Le Monde sendo uma das exceções europeias, com manchete e, logo abaixo: "Um teste de credibilidade para Biden".
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.