Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Coronavírus

Índia de Modi substitui Brasil de Bolsonaro como ameaça mundial

Variante indiana B.1.617 toma lugar da brasileira P1; país deixa Covax e consórcio da ONU vê vacinas caírem quase à metade

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O New York Times agora traz, nas chamadas, “Como a Índia permitiu que o vírus a dominasse por completo”, apontando “complacência”. E o francês Le Monde leva à home um especial sobre “B.1.617, a variante indiana que preocupa os cientistas”.

O noticiário no próprio país amontoa enunciados como “Recorde de 28 mil casos em Nova Déli em meio à busca desesperada por leitos”, no Times of India, ou então "Índia sofre o pior dia para mortes por Covid-19", com 1.761.

E no meio do dia as manchetes de Jagran, TOI e Economic Times foram todas para a recusa de “lockdown” pelo primeiro-ministro Narendra Modi, dizendo, em eco de Jair Bolsonaro, que os “governadores estaduais devem acalmar seus medos”.

Um trabalhador seleciona cilindros de oxigênio antes de enviá-los para hospitais em Bangalore, na Índia, em 20 de abril de 2021 - Xinhua

Os efeitos da crise indiana chegaram à manchete do Wall Street Journal, “Vacinação é lenta em países mais pobres, trazendo risco global”. É que a iniciativa da ONU para suprir as nações deixadas para trás, Covax, previa para o primeiro semestre “a maior parte de suas doses produzidas pelo Serum”, da Índia.

Com o corte das exportações para priorizar o próprio país, a projeção para o Covax até o meio do ano caiu de 240 milhões para 145 milhões de doses. E o Serum avisou que não é certo que volte a exportar no segundo semestre.

“Alguns países já procuram noutro lugar”, encerra o WSJ, destacando a Indonésia, que foi “pedir para Pequim”.

AINDA A ASTRAZENECA

No fim de semana na Alemanha, por mídia social e veículos como Stern, a chanceler Angela Merkel se vacinou com AstraZeneca. E na segunda-feira no México, por mídia social e jornais como Excelsior, o presidente Andrés Manuel Lopez Obrador também tomou, da mesma. Ambos com elogios ao imunizante temido por casos de morte por trombose.

Também no final de semana, na Austrália, com foto de frascos de AstraZeneca, o Sydney Morning Herald manchetou a primeira morte “provavelmente ligada à vacina”.

E no francês Le Figaro um comissário europeu avisou que o contrato da União Europeia com a AstraZeneca acaba em dois meses e “pode não ser renovado” devido à entrega de apenas um quarto das 120 milhões de doses acertadas, no primeiro trimestre.

MENOS BARULHO

Os downloads do aplicativo Clubhouse, de mídia social via áudio, caíram 72% de fevereiro para março, registrou a Sensor Tower e noticiaram The Wrap, CNBC (com a imagem acima) e outros, entre títulos como "Barulho em torno do Clubhouse já está sumindo".

Dias antes, a empresa fez mais uma rodada de financiamento, sendo avaliada em supostos US$ 4 bilhões, segundo o site The Information.

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