Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Coronavírus

Trump volta à Fox para lembrar que ele, não Biden, é 'o pai da vacina'

Até MSNBC questiona novo presidente, por operação do FBI; e NYT critica insinuação de Guerra Fria

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Em pesquisa da rede ABC, Joe Biden chegou aos 100 dias com 52% de aprovação, “a terceira menor desde Truman”, nos anos 1940. Seria pior, não fosse a aprovação de 64% à vacinação.

E foi por ela que Donald Trump começou, ao ressurgir na Fox —ainda no canal financeiro (imagem abaixo), não no principal.

Biden não credita o antecessor e “isso é ridículo”, disse Trump. “São pessoas muito ingratas. Eu fiz a vacina. Eles gostariam de tomá-la, mas até a Fake News [a imprensa] não dá crédito a eles por isso."

“Eu sou o pai da vacina, porque fui eu que forcei, em menos de nove meses, um milagre”, disse, acusando democratas de pausar a vacinação com J&J por supostos elos impróprios com a Pfizer.

Aproveitou para defender a derrubada do senador Mitch McConnell como líder republicano. Horas depois, McConnell foi questionado pela Fox News e respondeu que apoia Trump em 2024.

OPERAÇÃO LÁ

A incursão do FBI na casa do ex-advogado de Trump Rudy Giuliani causou estranheza até na MSNBC, o canal mais democrata.

Em entrevista na quinta, questionou Biden se sabia da operação. “Eu dou a minha palavra que eu não sabia”, respondeu ele. “Fiz a promessa de não interferir de forma alguma em investigação do Departamento de Justiça. Minha palavra: Eu não tinha ideia.”

GUERRA FRIA?

E até o New York Times começa a levantar dúvidas sobre Biden, pelo que falou no Congresso. “Ele justificou refazer a economia como passo necessário para sobreviver à competição da China, em discurso entrelaçado por temas da Guerra Fria”, publicou, em análise.

“Obama tentou reviver essa emoção nacional unificadora com seu apelo para ‘o momento Sputnik da nossa geração’, mas não pegou. Uma década depois, o desafio é ainda maior: um concorrente tecnológico muito mais capaz e um impasse militar muito mais complexo.”

MARIGHELLA VS. BOLSONARO

Os cinemas começam a reabrir nos EUA, e o NYT publica crítica louvando “Marighella”, dirigido por Wagner Moura. Lembra que Bolsonaro diz querer “um Brasil similar” àquele, da ditadura militar, e aponta a “urgência” do filme, hoje.

“Com um estilo cinético eletrizante, que lembra ‘A Batalha de Argel’, e closes de olhos e rostos ardentes, o filme não é apenas uma biografia —é uma provocação. E fascinante.”

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