Na manchete do New York Times ao longo da tarde, “Judeus e árabes entram em confronto nas ruas de Israel, agitação civil se espalha”. Outros acompanharam, falando em violência “comunal”.
Ecoavam o primeiro-ministro israelense, que segundo o NYT “apelou pelo fim dos ‘linchamentos’”, um deles ao vivo pela TV (abaixo), e também o presidente israelense, que “evocou o espectro de ‘guerra civil’”. Por outro lado:
“Líderes palestinos, porém, disseram que a conversa sobre guerra civil é uma distração do que eles veem como a verdadeira causa: brutalidade policial contra manifestantes palestinos e ações de grupos de colonos israelenses de direita.”
O NYT anotou, no final, que “a invasão da mesquita de Al-Aqsa pode ter sido a centelha para o ciclo de hostilidades”.
POR ENGANO
Denunciando “censura do Facebook”, o BuzzFeed noticia que “o Instagram removeu posts e bloqueou hashtags sobre uma das mesquitas mais sagradas do Islã, porque seu sistema de moderação de conteúdo por engano associou-a a uma designação que a empresa reserva a organizações terroristas”.
Os posts com a hashtag #AlAqsa e sua versão em árabe foram derrubados até funcionários da plataforma reclamarem, na terça.
O LADO DA OCUPAÇÃO
O apoio irrestrito dado por Joe Biden ao governo israelense tirou a congressista Alexandria Ocasio-Cortez do muro. Em mensagem que viralizou, ela o critica por “reforçar a ideia falsa de que os palestinos instigaram” e cobra “o reconhecimento do que precipitou este ciclo de violência, a saber, as expulsões de palestinos e os ataques a Al-Aqsa”.
Afirma que o presidente americano “desumaniza os palestinos” e que, em suma, “toma um lado —o lado da ocupação”.
ARRANCAR PELA RAIZ
À noite, no momento em que as “Forças terrestres israelenses atacam Gaza, em grande escalada”, o destaque ao lado da chamada do NYT foi para uma coluna de Bret Stephens, defendendo que Israel “precisa arrancar pela raiz o Hamas”.
Mas a cobertura de EUA e Europa entrou pela madrugada sem confirmar se a invasão aconteceria, como anunciou —e recuou— Israel.
POR TODA A AMÉRICA LATINA
O principal telejornal (acima) e o diário Granma cobriram extensamente o início da vacinação em Cuba, com Abdala, um dos imunizantes desenvolvidos no país.
Financial Times também, destacando que as vacinas cubanas "podem melhorar o acesso à inoculação por toda a América Latina".
PONTES DIPLOMÁTICAS
A agência Reuters despachou que Juan Orlando Hernandez, presidente de Honduras, um dos poucos países da América Latina que têm relações com Taiwan, não com a China, ameaça “abrir um escritório” em Pequim, “numa tentativa de adquirir vacinas”.
Falando originalmente à TV hondurenha, ele disse estar buscando “pontes diplomáticas” no México, Argentina, Chile e El Salvador.
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